O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adotou um tom firme contra a Rússia, afirmando que apoiará a Ucrânia até que o país reconquiste suas fronteiras de 1991. O pronunciamento do líder norte-americano ocorreu na terça-feira (23/9).
Segundo Trump, os territórios ucranianos poderão ser recuperados com o suporte militar dos aliados de Kiev.
Na prática, a ideia do presidente dos EUA é que a Ucrânia recupere áreas ocupadas pela Rússia antes do conflito iniciado em 2022, incluindo a Crimeia.
“Acredito que a Ucrânia, com o apoio da União Europeia, está capacitada para lutar e restaurar toda a sua extensão original”, escreveu Trump na rede social Truth. “Com tempo, paciência e suporte financeiro da Europa e, em especial, da OTAN, recuperar as fronteiras originais onde a guerra começou é bem mais que uma possibilidade. Por que não? A Rússia tem travado uma guerra sem direção há mais de três anos, um conflito que deveria ter sido resolvido em poucos dias por um verdadeiro poder militar.”
Para o líder republicano, este é o momento ideal para que a Ucrânia avance, considerando as dificuldades econômicas que a Rússia enfrenta devido à guerra. Ele também declarou que os ucranianos podem aspirar a ir além da simples retomada dos territórios.
Após o encontro com Trump em Nova York, na sequência da 80ª Assembleia Geral da ONU, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou a reunião como a mais significativa até então.
Desde 2022, a Rússia mantém o controle de grandes áreas da Ucrânia, como as regiões de Donetsk, Luhansk, Zaporíjia e Kherson. Antes disso, o governo de Vladimir Putin já havia anexado a Crimeia durante um breve conflito em 2014.
Por essa razão, uma das exigências do Kremlin nas negociações de paz com a Ucrânia é o reconhecimento dessas áreas como parte do território russo.
O pronunciamento de Trump ocorreu pouco depois de seu encontro com Putin no Alasca, em agosto. Apesar das expectativas, as negociações entre os dois líderes não avançaram significativamente para encerrar o conflito na Ucrânia.