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terça-feira, 07/10/2025

Trump critica escolha de Bad Bunny para show do Super Bowl

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou de “ridícula” a decisão de escolher o cantor Bad Bunny como atração do show de intervalo do Super Bowl 2026. Em entrevista ao apresentador Greg Kelly na última segunda-feira (6/10), Trump declarou achar “loucura” a decisão da NFL e afirmou não conhecer o artista porto-riquenho.

“Nunca ouvi falar dele. Não sei quem ele é, não entendo por que tomaram essa decisão. É loucura. Eles culpam algum promotor que têm. Eu acho ridículo”, disse o republicano.

A controvérsia surgiu poucos dias após o governo dos Estados Unidos anunciar a presença de agentes do serviço de imigração (ICE) durante o evento, conforme confirmado por Corey Lewandowski, assessor do Departamento de Segurança Interna. Ele afirmou que o show “terá fiscalização” e classificou a escolha do cantor como “vergonhosa”, chamando-o de “alguém que parece odiar a América”.

Bad Bunny, natural de Porto Rico, está promovendo seu álbum “Debí Tirar Más Fotos”, um tributo à sua ilha natal. Em diversas entrevistas, o artista revelou preocupação com possíveis ações do ICE em seus eventos nos Estados Unidos, o que o fez evitar marcar shows no país.

O show no Super Bowl está marcado para 8 de fevereiro de 2026, no Levi’s Stadium, em Santa Clara, Califórnia.

A escolha do cantor porto-riquenho também tem implicações políticas. Bad Bunny declarou apoio à vice-presidente Kamala Harris, do Partido Democrata, para as eleições de 2024, e criticou duramente Donald Trump devido a comentários considerados ofensivos sobre Porto Rico.

O novo álbum de Benito Antonio Martínez Ocasio (Bad Bunny) traz críticas sociais e políticas voltadas aos Estados Unidos, o que tem provocado descontentamento em Trump. Em músicas como “Nuevayol”, o cantor exalta os imigrantes vivendo em Nova York e denuncia dificuldades e preconceitos contra latino-americanos.

No videoclipe, Bad Bunny satiriza Trump com uma voz simulada do ex-presidente pedindo desculpas pelas políticas anti-imigração, ressaltando que os Estados Unidos “não são nada sem os mexicanos, dominicanos, porto-riquenhos, colombianos e venezuelanos”.

Em uma cena marcante, o cantor aparece na Estátua da Liberdade com a bandeira de Porto Rico, em referência ao ativista Tito Kayak, que escalou o monumento em 2000 para protestar pela independência da ilha.

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