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quarta-feira, 25/06/2025




Trump compara ataque ao Irã com bombas atômicas no Japão e fim da 2ª Guerra Mundial

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comparou os recentes ataques contra o Irã com as bombas atômicas que foram lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial, afirmando que tais ações resultaram no retrocesso do programa nuclear iraniano por décadas, ainda que essa avaliação seja contestada pela agência de inteligência americana.

“Não quero mencionar Hiroshima nem Nagasaki, mas foi, basicamente, o mesmo efeito. Aquilo terminou aquela guerra, assim como isso encerrou o conflito”, declarou o republicano a jornalistas durante um encontro com o Secretário-Geral da Otan, Mark Rutte, antes de uma cúpula realizada em Haia.

Trump defendeu que o acordo nuclear com o Irã foi postergado “por décadas” graças aos ataques, e reforçou essa visão com base em seus principais conselheiros.

Entretanto, reportagens divulgadas nesta terça-feira (24) indicam que a Agência de Inteligência de Defesa dos EUA (DIA) avaliou que esses ataques atrasaram o desenvolvimento nuclear do Irã em somente alguns meses. Fontes que tiveram acesso a um relatório preliminar do órgão relataram que os bombardeios não conseguiram destruir completamente as centrífugas nem as reservas de urânio enriquecido, apenas interditaram algumas instalações sem afetar as bases subterrâneas.

“A inteligência diz: ‘Não sabemos, poderia ter sido muito severo.’ Isso é o que dizem os dados. Então, acredito que essa afirmação está correta, mas podemos desconsiderar a incerteza. Foi uma operação muito severa, foi uma destruição completa”, enfatizou Trump.

Mesmo o governo de Israel adotou uma postura mais moderada. “Creio que causamos um impacto significativo ao programa nuclear iraniano e conseguimos atrasá-lo vários anos”, afirmou o porta-voz do Exército israelense, Effie Defrin, em entrevista coletiva. Ele ressaltou, contudo, que ainda é cedo para avaliar plenamente os efeitos da missão.

Donald Trump mantém uma relação tensa com as agências de inteligência dos EUA, e o êxito dessas operações é politicamente importante para ele, que há anos critica a política externa do país.

Seus apoiadores apontam que esses ataques parecem contrariar as promessas feitas pelo republicano que priorizavam assuntos internos ao invés de intervenções no exterior. Trump reforça que o Irã jamais deve ser autorizado a desenvolver armas nucleares — algo que, segundo ele, só um ataque rápido e eficaz poderia evitar.




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