O jornal americano The Washington Post e diversas publicações na internet divulgaram um vídeo oficial da Casa Branca onde o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aparenta ter dificuldades para manter os olhos abertos.
Durante uma reunião com representantes de empresas farmacêuticas na última quinta-feira (6/11), na qual Trump firmou um acordo para reduzir os preços de medicamentos usados para emagrecimento, o presidente é visto sonolento em várias imagens capturadas no Salão Oval.
“O presidente Donald Trump aparentava lutar para manter os olhos abertos durante cerca de 20 minutos em um evento no Salão Oval sobre cortes nos preços dos medicamentos.”
Sentado atrás da mesa Resolute, os olhos de Trump se fechavam repetidamente enquanto seus assessores faziam declarações. O The Washington Post analisou o vídeo e destacou momentos em que Trump esfregava os olhos na tentativa de mantê-los abertos, contabilizando aproximadamente 20 minutos de esforço contra o sono.
Apesar disso, a Casa Branca negou que o presidente tenha cochilado durante a reunião. Segundo a porta-voz Taylor Rogers, “o presidente não estava dormindo; na verdade, ele falou durante todo o anúncio e respondeu a várias perguntas da imprensa”.
Em paralelo, um homem que fazia parte da equipe de uma empresa farmacêutica passou mal e desmaiou no Salão Oval, próximo a Trump. O nome do indivíduo não foi divulgado, mas ele foi rapidamente atendido por uma equipe médica da Casa Branca.
Acordo com farmacêuticas
Na mesma data, o governo dos Estados Unidos anunciou um acordo com as farmacêuticas Eli Lilly e Novo Nordisk para diminuir significativamente os preços dos medicamentos usados no tratamento da obesidade, como Zepbound e Wegovy. Ainda não está claro qual será o impacto dessa iniciativa fora dos EUA, inclusive no Brasil.
Esses medicamentos pertencem à nova geração de tratamentos chamados agonistas do receptor GLP-1, bastante populares por ajudarem na perda de peso e no controle de doenças metabólicas. Contudo, o valor elevado — cerca de US$ 500 (aproximadamente R$ 2.600) ao mês — limita o acesso principalmente de pacientes sem plano de saúde.
Conforme comunicado da Casa Branca, o acordo integra a política “Avançando os Preços de Nação Mais Favorecida (NMF)”, que busca alinhar os custos dos remédios nos EUA aos preços praticados em outros países ricos. A iniciativa prevê quedas consideráveis nos valores dos medicamentos fabricados pelas duas empresas, além da ampliação da cobertura pública para pacientes com obesidade.
O governo informou que os preços atuais do Ozempic e do Wegovy, que podem chegar a US$ 1.350 por mês, serão reduzidos para US$ 350 quando adquiridos pelo novo programa federal TrumpRx. Medicamentos como Zepbound e Orforglipron também terão descontos similares, com preços em torno de US$ 346 ao mês. Caso aprovadas pela FDA, as versões em comprimido terão custo mensal de US$ 150.
O Medicare, programa voltado para idosos, cobrirá remédios para obesidade e doenças relacionadas, com coparticipação de US$ 50 por mês para os beneficiários. Programas estaduais do Medicaid terão acesso aos preços reduzidos.
De acordo com a nota oficial, o acordo representa uma queda histórica nos preços dos dois medicamentos com maiores gastos anuais nos EUA, usados para ajudar adultos que enfrentam diabetes, doenças cardíacas (apenas Ozempic e Wegovy), obesidade e outras condições de saúde.
Além dos tratamentos para emagrecimento, o plano prevê descontos em outros produtos da Eli Lilly e da Novo Nordisk, incluindo o Emgality (para enxaquecas), o Trulicity (para diabetes) e insulinas como NovoLog e Tresiba, que passarão a custar US$ 35 por mês.
As empresas farmacêuticas também anunciaram investimentos bilionários em território americano: US$ 27 bilhões pela Eli Lilly e US$ 10 bilhões pela Novo Nordisk, com foco em ampliar a capacidade de produção e fabricar internamente as versões em comprimido do Wegovy.
