O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impediu a execução de um plano israelense que visava eliminar o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, conforme relatos da imprensa internacional. Autoridades israelenses teriam comunicado ao governo americano sobre uma oportunidade para realizar o ataque nos últimos dias, mas Trump vetou a ação.
Segundo informações confirmadas pela CNN Internacional, Associated Press, CBS News e NBC News, mais de 20 líderes militares iranianos foram mortos em ataques realizados contra o Irã, de acordo com o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. A lista completa desses militares não foi divulgada pelas Forças de Defesa de Israel.
Alguns nomes foram confirmados pelo governo iraniano, incluindo o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, Mohammad Bagheri, e o ex-comandante do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, Hossein Salami.
No domingo (15/6), durante novas ações militares, Israel confirmou a morte de altos oficiais da inteligência da Guarda Revolucionária Islâmica. O Irã confirmou posteriormente o falecimento do brigadeiro-general Mohammad Kazemi e de seu vice, Hassan Mohaqiq, além de anunciar uma nova ofensiva em retaliação.
Líder iraniano protegido
Ali Khamenei foi transferido para um bunker subterrâneo localizado ao nordeste de Teerã, capital do Irã, em meio à escalada do conflito na última sexta-feira (13/6). A informação foi divulgada pelo Iran International.
O líder supremo está acompanhado de sua família no abrigo situado em Lavizan, onde já havia se refugiado anteriormente, tanto durante ataques iranianos contra Israel em abril de 2024, quanto em outubro do mesmo ano. Informações indicam que Israel optou por não executar o ataque contra Khamenei na primeira noite da operação iniciada em 12 de junho, oferecendo uma última oportunidade para o Irã desistir de seu programa de enriquecimento de urânio.
Conflito entre Irã e Israel
Desde o início dos ataques preventivos israelenses em 12 de junho, seguidos de contra-ataques iranianos, a tensão entre os dois países aumentou significativamente, com o quarto dia consecutivo de confrontos registrado no domingo (15/6).
De acordo com dados divulgados pela mídia estatal do Irã, citando o Ministério da Saúde do país, 224 pessoas perderam a vida desde o começo da ofensiva israelense, com outras 900 feridas. O governo israelense, liderado por Netanyahu, afirma que os ataques visam principalmente instalações nucleares e alvos militares, enquanto o Irã alega que a maioria das vítimas são civis.
Em Israel, também houve vítimas devido aos ataques iranianos, totalizando 16 óbitos até o momento, todos civis, incluindo três crianças.