O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na terça-feira (14/10) que o grupo palestino Hamas precisa largar as armas espontaneamente, caso contrário Washington vai intervir para desarmá-los à força. Essa manifestação aconteceu durante reunião com o argentino Javier Milei, em meio à crescente tensão na Faixa de Gaza durante a fase inicial do cessar-fogo.
“Se eles não desistirem das armas, nós vamos desarmá-los, e isso será rápido e possivelmente violento”, afirmou Trump.
O presidente relatou ter enviado essa mensagem ao Hamas por meio de intermediários e ter recebido a garantia de que o grupo aceitaria o desarmamento. “Conversei com o Hamas e perguntei: vocês vão se desarmar, correto? ‘Sim, senhor, vamos nos desarmar’. Foi o que me disseram”, disse ele.
Plano americano
O denominado “plano de paz”, apresentado pelos Estados Unidos, prevê que o Hamas entregue as armas e deixe a administração da Faixa de Gaza. Em troca, há possibilidades de anistia para alguns membros — uma tentativa de garantir uma transição política e de segurança no território palestino.
Até agora, porém, o Hamas não manifestou compromisso público com essas condições. Trump anunciou que a “segunda etapa” do acordo já foi iniciada.
Entrega de corpos
Autoridades israelenses decidiram limitar a entrada de ajuda humanitária em pontos da Faixa de Gaza e reforçaram a fiscalização na fronteira após queixas de que Hamas não devolveu os corpos de reféns mortos. Organizações humanitárias alertam que cortes ou restrições ao apoio agravam uma crise severa no abastecimento, saúde e abrigo para os civis.
Nesta quarta-feira (15/10), o grupo entregou os corpos de mais dois reféns como parte do acordo. Segundo Israel, os cadáveres estão sob responsabilidade da Cruz Vermelha para transporte até o outro lado da fronteira. Com isso, o grupo palestino já devolveu os restos mortais de nove reféns.