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sábado, 25/10/2025

Trump avalia baixar tarifa do Brasil e prevê reunião com Lula

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, partiu rumo à Malásia neste sábado (25/10) e indicou a possibilidade de reduzir as tarifas aplicadas ao Brasil caso existam as “condições adequadas”. O republicano afirmou ainda que deve se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Kuala Lumpur, onde ocorre a 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).

“Acredito que vamos nos encontrar novamente, após o encontro na Assembleia Geral das Nações Unidas, em breve”, disse Trump ao embarcar para a Malásia, conforme áudio divulgado pela Casa Branca. Indagado por jornalistas sobre a possibilidade de reduzir a tarifa geral de 50% imposta a produtos brasileiros, o presidente dos EUA comentou que isso dependeria das negociações entre os países.

Como revelou o Metrópoles, ainda que governos do Brasil e dos Estados Unidos não tenham oficialmente confirmado o encontro, ambos reservam espaço nas agendas dos presidentes para uma eventual conversa durante a cúpula da Asean. Os líderes terão um período livre no fim da tarde do domingo (26/10), horário local, que corresponde ao início da manhã no Brasil.

Trump havia imposto uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros motivado por questões políticas e econômicas, considerando que o Brasil persegue o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu aliado, que foi condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.

Essa decisão já começou a impactar também a economia dos EUA, especialmente no setor de carnes, onde o Brasil tem atuação relevante. O preço dos cortes atingiu níveis sem precedentes devido à redução do rebanho bovino nos Estados Unidos.

Lula busca diálogo

Antes de chegar à Malásia, na quinta-feira (24/10), Lula esteve na Indonésia. Na ocasião, reiterou seu desejo de se reunir com Trump e afirmou que não imporá restrições aos temas a serem tratados na conversa. “Só faria a reunião se acreditasse que fosse possível chegar a um entendimento”, declarou o presidente.

Lula mencionou o interesse brasileiro em levar a verdade para o centro das discussões, ressaltando a necessidade de mostrar que os Estados Unidos não enfrentam déficit e de apresentar contrapontos às sanções aplicadas pela Casa Branca a ministros do governo brasileiro e do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Estou pronto para defender os interesses do Brasil e provar, com dados, que houve erro nas taxações impostas ao nosso país”, disse o presidente.

O petista garantiu que nenhum assunto está fora da pauta e pretende abordar as sanções aplicadas a ministros do STF. “Quero debater as punições direcionadas a membros da Suprema Corte brasileira”.

Adicionalmente, Lula indicou que irá usar a alta nos preços dos alimentos nos EUA como argumento na negociação: “Não faz sentido adotarmos medidas que prejudiquem qualquer lado. Trump sabe que o preço da carne está elevado nos Estados Unidos e reconhece a necessidade de redução dos custos, assim como o aumento no preço do café”, declarou.

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