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terça-feira, 30/09/2025




Trump assume papel central em possível governo novo em Gaza

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Em mais uma tentativa de cumprir a promessa de pôr fim à guerra na Faixa de Gaza, Donald Trump apresentou um novo plano de paz para o conflito, no qual se posiciona como figura central de um possível novo governo no território palestino.

Conflito na Faixa de Gaza

Desde outubro de 2023, a Faixa de Gaza tem sido o cenário de uma guerra que já resultou na morte de mais de 65 mil palestinos.

Em janeiro deste ano, Israel e Hamas firmaram um acordo de cessar-fogo, mediado pelos Estados Unidos, Catar e Egito.

No entanto, o plano de paz não avançou após a recusa de Israel em cumprir a segunda fase do acordo.

Desde então, Israel e Hamas discutem a possibilidade de uma nova trégua ou o encerramento total do conflito, mas sem progressos significativos nas negociações.

O plano prevê que a paz entre israelenses e palestinos seja alcançada em 20 pontos. O documento, apresentado pela Casa Branca após encontro entre Donald Trump e Benjamin Netanyahu, traz temas já abordados em outras ocasiões, mas introduz uma novidade: o presidente dos EUA como líder de um conselho responsável por coordenar a administração em Gaza.

Governança em Gaza

Gaza, governada desde 2007 pelo grupo Hamas, poderia ser administrada temporariamente por um comitê palestino independente e apolítico, supervisionado por um Conselho Internacional de Paz.

Este conselho seria presidido por Trump, com apoio de outras autoridades internacionais, como o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair.

Na prática, esse comitê cuidaria da gestão diária em Gaza e se reportaria diretamente ao conselho global liderado pelo presidente dos EUA.

Outros pontos relevantes

  • O plano propõe que todos os reféns sob controle do Hamas, vivos ou mortos, sejam libertados em até 72 horas.
  • Prevê a libertação de cerca de 1,9 mil prisioneiros palestinos por Israel, incluindo detidos desde o início do conflito e presos com sentença perpétua.
  • Descarta qualquer tipo de expulsão de palestinos, garantindo a permanência dos moradores locais que assim desejarem.
  • Inclui pela primeira vez a possibilidade de anistia para membros do Hamas que entreguem armas e aceitem viver pacificamente na região ou busquem refúgio em países próximos.
  • Propõe que Gaza se torne um território livre do terrorismo, exigindo a desmilitarização do Hamas e de outros grupos paramilitares.
  • Sugere a criação de uma Força Internacional de Estabilização (ISF) para comandar a segurança local, com treinamento de policiais palestinos, apoiada por parceiros árabes e internacionais como Egito e Jordânia.
  • Exige a retirada gradual das Forças de Defesa de Israel de Gaza e o compromisso de Benjamin Netanyahu em não ocupar ou anexar o território.
  • Se o acordo for implementado, espera-se que a Organização das Nações Unidas e outras instituições retomem a entrega de ajuda humanitária aos palestinos.

Apoio israelense

Logo após a divulgação do plano, Benjamin Netanyahu manifestou apoio à proposta de Trump, mas alertou o Hamas.

O premiê israelense declarou que, caso o Hamas rejeite o plano de paz ou tente combatê-lo, Israel agirá sozinho para resolver a situação.

Trump reiterou seu aval total a quaisquer medidas necessárias, caso o Hamas rejeite o acordo.




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