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quinta-feira, 30/10/2025

Trump anunciará acordo comercial com China em breve

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou a jornalistas que alcançou um acordo comercial com o líder chinês, Xi Jinping. Sem detalhes adicionais, Trump informou que a assinatura acontecerá muito em breve.

As declarações foram dadas durante um voo no Air Force One na madrugada desta quinta-feira (30/10), logo após uma reunião bilateral com Xi Jinping em Busan, Coreia do Sul.

“Acredito que em breve, pois não há muitos obstáculos consideráveis”, declarou. “Temos um acordo que será renegociado anualmente, mas pretendo que dure bastante tempo. É um contrato anual, com possibilidade de prorrogação”, explicou Trump à CNN Internacional.

Após uma série de encontros relevantes na Ásia, incluindo reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último domingo (26/10), Trump embarcou de volta aos EUA.

Redução de tarifas

A bordo do Air Force One, Trump descreveu o encontro com Xi como “excelente” e ressaltou que o líder chinês comprometeu-se a intensificar o combate ao comércio ilegal de químicos usados na fabricação de fentanil, opioide responsável por cerca de 70 mil mortes anuais nos EUA.

No início deste ano, Trump impôs tarifa de 20% sobre importações da China, alegando a falta de controle sobre o tráfico de fentanil por Pequim. Agora, ele anunciou uma redução imediata para 10%.

O acordo também prevê o retorno da compra de soja norte-americana pela China e a continuidade das exportações de terras raras.

Contexto da guerra comercial

Desde o início de 2024, a rivalidade entre as duas potências passou de uma disputa tarifária para um confronto estratégico por liderança tecnológica e energética. Washington adotou medidas restritivas para exportação de chips de inteligência artificial, enquanto Pequim limitou vendas de minerais essenciais para eletrônicos e armamentos.

A Casa Branca ameaça aumentar tarifas em até 155% sobre produtos chineses caso não haja avanços.

Dinâmica das negociações comerciais

Este primeiro encontro após o retorno de Trump à presidência pode ser visto como uma tentativa de redefinir as relações entre EUA e China frente a uma crise que ultrapassa o âmbito comercial. As duas maiores economias enfrentam pressões internas e interesses globais divergentes.

Trump busca um acordo rápido para reduzir tarifas e mitigar a oposição política gerada pela guerra comercial que desagrada agricultores e industriais americanos. Já Xi Jinping chega à negociação com posição fortalecida, após consolidar poder nacional e expandir a influência chinesa em regiões como Ásia, África e América Latina.

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