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sexta-feira, 10/10/2025

Trump anuncia tarifa extra de 100% contra China

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comunicou nesta sexta-feira (10/10) que seu governo aplicará uma tarifa extra de 100% sobre todos os produtos vindos da China, em resposta ao que definiu como uma “posição extremamente agressiva” de Pequim no comércio global. Essa ação terá início em 1º de novembro de 2025, coincidindo com a data da entrada em vigor das novas restrições comerciais anunciadas pela China.

O anúncio veio logo depois do governo chinês implementar controles nas exportações de elementos essenciais como terras raras, baterias de lítio e materiais superduros — fundamentais para a fabricação de equipamentos eletrônicos e tecnológicos. Na quinta-feira (9/10), cinco ministérios divulgaram uma estratégia que reforça o controle estatal sobre recursos estratégicos por meio de um sistema de “dupla camada” para as cadeias de suprimento.

A China detém aproximadamente 60% da produção e quase 90% do refino mundial desses materiais, consolidando sua posição vital nas cadeias globais ligadas à tecnologia e à energia limpa.

“Recebemos informações de que a China adotou uma postura extremamente agressiva no comércio, enviando uma comunicação dura ao mundo anunciando que, a partir de 1º de novembro de 2025, aplicará controles rigorosos sobre quase todos os seus produtos, inclusive alguns que não são fabricados no país. Essa decisão impactará todos os países sem exceção e é, sem dúvida, uma medida inédita e questionável sob o ponto de vista moral”, escreveu Trump em sua rede social Truth Social.

Ele reforçou que os Estados Unidos reagirão com medidas igualmente firmes: “A partir de 1º de novembro de 2025 (ou antes, dependendo do comportamento da China), os EUA aplicarão uma tarifa de 100% sobre os produtos chineses, além das tarifas atuais”, afirmou. Trump também mencionou que os Estados Unidos controlarão a exportação de “todo software crítico” produzido em solo americano.

Embora Trump não tenha especificado os setores mais impactados, deixou claro que a decisão visa proteger os interesses econômicos dos Estados Unidos. “É difícil acreditar que a China tenha optado por essa postura, mas isso ocorreu, e o desenrolar depende daqui para frente”, declarou.

Mais cedo, Donald Trump havia sinalizado possíveis novas medidas contra a China e questionou a necessidade de se reunir com o líder chinês Xi Jinping.

Em uma declaração publicada na Truth Social, Trump acusou a China de tentar manter a comunidade mundial sob sua influência, destacando que quase 90% das terras raras processadas globalmente vêm de lá.

“Eu deveria encontrar-me com o presidente Xi em duas semanas durante a APEC, na Coreia do Sul, mas agora vejo pouco motivo para isso”, afirmou. “Dependendo da resposta da China a essa declaração agressiva, eu serei obrigado a tomar medidas financeiras retaliatórias como presidente dos Estados Unidos.”

Entre essas medidas pode estar um aumento significativo das tarifas sobre produtos chineses importados. Atualmente, a taxa aplicada é de cerca de 30%.

A declaração de Trump surge logo após o governo de Xi Jinping endurecer as limitações à exportação de terras raras, recursos indispensáveis para importantes setores, como veículos elétricos e defesa.

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