O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou nesta segunda-feira (22/12), durante uma entrevista coletiva em Palm Beach, Flórida, acompanhado pelo secretário de Guerra, Pete Hegseth, e o secretário da Marinha, John Phelan, a intenção de construir novos navios de guerra de grande porte.
Essa decisão acontece em um contexto de aumento significativo da presença naval americana no Caribe, em meio à crescente pressão do governo Trump contra o líder venezuelano Nicolás Maduro, incluindo ações para limitar as receitas do país provenientes da exportação de petróleo.
“É uma honra anunciar que criamos um plano para que a Marinha comece a fabricar dois enormes navios de batalha, os maiores já feitos por nós. Eles serão mais poderosos até do que nossos submarinos e representarão os maiores navios de guerra já construídos pelo nosso país”, afirmou Trump.
O presidente enfatizou a necessidade de acelerar a produção destas embarcações. Segundo ele, na próxima semana haverá uma reunião com empresas do setor de defesa na Flórida para definir formas de adiantar os prazos, que ele considera lentos. “Eles não estão produzindo rápido o suficiente. Estou pronto para tomar medidas contra as companhias que, na minha visão, não realizam um trabalho satisfatório”, declarou.
Além disso, o governo pretende implementar uma reforma no quartel-general da Marinha. A expectativa é adquirir 25 unidades desse modelo, que serão chamadas de “navios de guerra da classe Trump”.
No domingo (21/12), agências internacionais informaram que os EUA interceptaram um terceiro navio petroleiro nas proximidades da costa da Venezuela. Se confirmada, essa será a terceira apreensão de um petroleiro vinculado à Venezuela em pouco mais de dez dias.
No sábado (20/12), os americanos apreenderam o navio Centuries, e em 10 de dezembro foi a vez do petroleiro Skipper. Essas operações fazem parte da estratégia anunciada por Trump para impor um bloqueio total a embarcações sujeitas a sanções que entrem ou saiam dos portos venezuelanos.
Nicolás Maduro respondeu afirmando que a Venezuela enfrenta uma campanha de intimidação psicológica e ataques por parte de corsários que interceptam petroleiros. O líder chavista afirmou também que o país está pronto para acelerar o avanço da sua Revolução.
John Phelan explicou que os novos navios de guerra dos EUA serão equipados com mísseis de cruzeiro lançados do mar e terão capacidade nuclear. “Esta é somente uma parte da frota poderosa que construiremos”, comentou.
Na sexta-feira, a Marinha americana anunciou a incorporação de uma nova classe de fragatas fabricadas nos EUA, integrando a iniciativa chamada “Frota Dourada”, que visa modernizar a frota naval dos EUA e aumentar a capacidade de contenção da China.
Essas embarcações são desenvolvidas para proteger rotas marítimas estratégicas e navios maiores.
Até a manhã desta segunda-feira (22/12), o resultado da operação naval era incerto. As autoridades americanas, porém, consideraram positivo o fato do navio, que estava vazio e seguia em direção à Venezuela para carga, ter alterado sua rota e se afastado da costa venezuelana.
