O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a aumentar a pressão contra a Venezuela nesta terça-feira (2/12), durante reunião com seu gabinete, afirmando que ataques terrestres podem acontecer muito em breve. Suas declarações vieram acompanhadas de críticas ao governo de Nicolás Maduro e menções diretas ao que chama de “narcoterrorismo” na região.
Trump declarou que o país está tomando medidas intensas para combater cartéis latino-americanos, com ações adicionais previstas em breve.
“Também agiremos por terra. Faremos ataques em breve. Quando isso acontecer, os índices cairão significativamente, e poderemos viver sem o medo de que nossos filhos tomem um comprimido e morram em 60 segundos.”
O foco principal das operações, segundo ele, está na Venezuela. “A Venezuela tem se mostrado muito problemática. Porém, outros países também enviam traficantes, assassinos e narcoterroristas para cá, e estamos combatendo isso.”
Movimentações militares e diplomáticas
As declarações de Trump acontecem em meio a uma série de movimentações militares e diplomáticas recentes de Washington, que intensificam a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro, cuja liderança é contestada internacionalmente e que os EUA acusam de comandar o cartel Los Soles, classificado como organização terrorista internacional.
Com essa classificação, os EUA ganham respaldo legal para realizar operações militares transnacionais, mesmo sem autorização direta de organismos multilaterais.
Na última semana, ações militares foram reforçadas pelo Caribe e em pontos estratégicos da América Latina, alegando combate ao narcotráfico, mas muitos temem que esse discurso seja utilizado como justificativa para intervenção direta em Caracas.
Discurso agressivo e ameaças ampliadas
As recentes declarações confirmam uma postura agressiva adotada anteriormente por Trump. Em uma ligação para militares durante o Dia de Ação de Graças, ele já havia antecipado que operações terrestres contra o narcotráfico começariam muito em breve.
Ele também não descartou a possibilidade de estender tais ataques a indivíduos suspeitos em outros países, caso sejam vinculados ao tráfico para o mercado americano. “Qualquer pessoa envolvida nessa atividade e vendendo em nosso país está sujeita a ações militares”, afirmou.

