O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na última sexta-feira (17/10) que Nicolás Maduro ofereceu as riquezas naturais da Venezuela em troca de uma trégua na pressão militar norte-americana sobre o país sul-americano.
“Ele ofereceu tudo, você está certo”, revelou o líder dos EUA durante uma entrevista na Casa Branca. “Sabe por quê? Porque ele não quer desafiar os Estados Unidos”.
Na segunda-feira anterior (13/10), o jornal norte-americano The New York Times já havia divulgado essa proposta feita por Maduro. Conforme a matéria, o presidente venezuelano sugeriu concessões nos setores de energia e mineração em troca de uma pausa política por parte de Washington.
Entre as condições indicadas estariam a liberação de projetos voltados para petróleo e ouro, contratos privilegiados e a redireção da exportação do petróleo venezuelano, que atualmente vai para a China, para os Estados Unidos. Apesar disso, a proposta foi recusada pela Casa Branca.
Essa possibilidade de trocar riquezas naturais da Venezuela surgiu em meio ao aumento da presença militar dos EUA na região. Desde agosto, uma frota de navios de guerra americanos está posicionada no Caribe, perto da costa venezuelana, acompanhada do envio de caças F-35 para Porto Rico e de bombardeiros nucleares realizando voos sobre a área próxima ao território venezuelano.
Segundo Washington, essa movimentação tem como objetivo combater o tráfico internacional de drogas, especialmente o suposto aumento da entrada de entorpecentes provenientes da Venezuela para os EUA.
Essa operação coincide com as acusações feitas pelos Estados Unidos contra Maduro, que é apontado como líder do cartel Los Soles. O grupo foi recentemente classificado como organização terrorista pelo governo americano.
Essa mudança de classificação simboliza mais do que uma alteração de nome, pois concede à administração de Trump autorização para executar operações militares em outros países sob a justificativa de combater o terrorismo.