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terça-feira, 26/08/2025

Trump afirma que EUA não financiam Ucrânia, apenas vendem armas

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (25/8) que o governo norte-americano não está mais fornecendo financiamento direto à Ucrânia. Em vez disso, os EUA têm obtido lucros significativos com a venda de armamentos para nações europeias aliadas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que por sua vez destinam parte desses equipamentos militares para Kiev.

Trump destacou que administrações anteriores comprometeram aproximadamente US$ 350 bilhões para apoiar o país do Leste Europeu, criticando essa prática como uma exploração financeira contra Washington.

O ex-presidente também elogiou o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, chamando-o de “o maior vendedor que já conheci”.

“Nós não subsidiamos mais a Ucrânia diretamente. Na realidade, ocorre o inverso. Eles fazem pedidos por meio da Otan, e nós negociamos exclusivamente com a Otan. A Otan nos paga integralmente e age conforme sua vontade”, declarou Trump à imprensa.

Além disso, Trump reafirmou que, na perspectiva de Washington, tanto a entrada da Ucrânia na Otan quanto a recuperação da Crimeia por Kiev são inviáveis.

“Nos esforçamos para evitar o derramamento de sangue, mas não fornecemos nenhum tipo de financiamento atualmente”, finalizou o ex-presidente.

Garantias de segurança

Donald Trump frisou que os Estados Unidos terão uma função secundária em qualquer garantia de segurança futura para Kiev, enfatizando que a principal responsabilidade deve ser assumida pelos países europeus.

Zelensky e aliados europeus têm buscado garantias similares ao Artigo 5 da Otan, que estipula uma resposta coletiva em caso de ataque a um membro. Conforme o Financial Times, Kiev teria solicitado US$ 100 bilhões para a aquisição de armamentos americanos.

O ex-presidente também informou que as indústrias de defesa dos EUA estão ampliando a produção para corresponder à demanda externa.

“As fábricas estão aumentando consideravelmente a fabricação dos sistemas Patriot e de outras armas. Estamos vendendo milhões — no total, bilhões de dólares em equipamentos”, destacou.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, explicou que os países europeus pagarão uma margem de 10% sobre as compras efetuadas. Já o vice-presidente J.D. Vance reforçou recentemente que Washington não enviará mais recursos financeiros diretamente à Kiev.

Relação com o Kremlin

O Kremlin condena o envio de armamentos, argumentando que isso apenas prolonga o conflito e transforma a Otan em parte integrante da guerra.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, reiterou que não existe segurança europeia sem a presença da Rússia, e advertiu que qualquer tentativa de excluí-la será rejeitada.

Segundo Lavrov, discutir garantias de segurança para a Ucrânia sem levar em conta a participação da Rússia é um esforço infrutífero, e abordar a segurança de Kiev sem o envolvimento russo é um pensamento ilusório.

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