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quinta-feira, 23/01/2025
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Tropas dos EUA se deslocam para a fronteira com o México; 10 mil soldados são esperados na região

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Primeira ‘onda’ de 1,5 mil militares se juntará a outros 2,2 mil soldados da ativa e equipes da Guarda Nacional que já estão na fronteira

Militares da Guarda Nacional vigiam fronteira entre os Estados Unidos e o México, no Texas
Foto: REUTERS/Jose Luis Gonzalez

As tropas dos Estados Unidos começaram a se deslocar, nesta quarta-feira, 22, à fronteira sul, com o México. Pelo menos 1,5 mil soldados das Forças Armadas são aguardados no que é considerada a primeira ‘onda’ de tropas que se juntarão a outros 2,2 mil militares da ativa e da Guarda Nacional que já estão na região.

O contingente militar foi acionado após o presidente recém-empossado Donald Trump assinar, na última segunda-feira, 20, uma ordem executiva que decreta emergência na fronteira sul estadunidense. A medida é uma entre várias políticas anti-imigratórias anunciadas pelo republicano.

À agência de notícias Reuters, uma autoridade afirmou, sob condição de anonimato, que esta é a primeira ‘leva’ de militares da ativa que será enviada à fronteira sul. É esperado que, pelos próximos meses, 10 mil soldados cheguem à região fronteiriça.

Ainda de acordo com a fonte, aeronaves militares também poderão ser usadas para deportar imigrantes ilegais, o que ainda não foi autorizado. O México, por sua vez, deu início à construção de abrigos para receber milhares de imigrantes deportados em Ciudad Juarez, a partir dos próximos dias.

Em seu primeiro mandato, entre 2017 e 2021, Trump enviou 5,2 mil militares à fronteira entre Estados Unidos e México. O ex-presidente democrata Joe Biden também enviou soldados à região.

Mais cedo nesta quarta, Trump também suspendeu a entrada de imigrantes através da fronteira com o México. A decisão foi publicada no portal da Casa Branca, sede do governo norte-americano, e cita que a medida visa ‘proteger os Estados contra uma invasão’.

“No exercício de sua autoridade sob o Ato de Imigração e Nacionalidade e a Constituição dos Estados Unidos, o presidente Trump autoriza e direciona o Departamento de Segurança Nacional, o Departamento de Justiça e o Departamento de Estado a tomarem todas as ações necessárias para repelir, repatriar e remover estrangeiros ilegais na fronteira sul dos Estados Unidos”, diz trecho do comunicado.

A diretiva também aponta que Trump restringiu acesso a condições extraordinárias para que estrangeiros ilegais possam permanecer nos Estados Unidos, como a concessão de asilo.

Fronteira fechada desde o ‘1º dia’
Empossado na última segunda-feira, 20, como o 47º presidente dos Estados Unidos, Donald Trump assinou, ainda durante as solenidades, as primeiras medidas anti-migratórias, uma das principais propostas da campanha do republicano durante a corrida eleitoral de 2024.

A pauta esteve presente no primeiro discurso de Trump, feito ainda na Rotunda do Capitólio, logo após a cerimônia de posse na sede do Poder Legislativo estadunidense.

Na ocasião, o republicano anunciou que decretaria situação de emergência na fronteira sul dos Estados Unidos, permitindo o envio de militares à região. Trump prometeu, também, deportar ‘milhões e milhões de estrangeiros criminosos ao lugar de onde vieram’.

Trump assina decretos que revogam medidas do governo de Joe Biden
Foto: REUTERS/Mike Segar

“Vamos reinstituir minha política de ‘Fique no México’. (…) Nos decretos que assinarei hoje, também declararemos os cartéis como organizações terroristas estrangeiras’, afirmou, declarando que usará o completo e imenso poder das autoridades federais e estaduais para eliminar a presença de “redes criminosas estrangeiras que devastam o solo norte-americano”, discursou.

Pouco após a posse, as primeiras mudanças começaram a surtir efeito no sul dos Estados Unidos, com o encerramento da operação do aplicativo CBP One, marca do governo do democrata Joe Biden, que tinha a intenção de facilitar o processo imigratório legal.

Ao abrir o site do app, surge o seguinte aviso: “A partir de 20 de janeiro de 2025, as funcionalidades do CBP One™, que anteriormente permitiam que estrangeiros indocumentados enviassem informações antecipadas e agendassem compromissos em oito portos de entrada da fronteira sudoeste, não estarão mais disponíveis, e os compromissos existentes foram cancelados”.

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