A trilha localizada no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia, registrou 180 incidentes e oito fatalidades nos últimos cinco anos. Esta é a mesma área onde a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, sofreu um acidente próximo ao vulcão no sábado (21/6).
Ela não sobreviveu aos ferimentos e o falecimento foi confirmado por sua família nesta terça-feira (24/6).
Caso Juliana Marins
Juliana Marins, de 26 anos, caiu em uma depressão durante a trilha no vulcão Rinjani, em Lombok. Ela viajou para uma viagem de mochilão pela Ásia e estava acompanhada de outros turistas que contrataram uma empresa local para o passeio.
Após escorregar, ela parou a cerca de 300 metros do grupo. Inicialmente, surgiram informações de que Juliana teria sido socorrida, mas a família desmentiu essa notícia.
Dados do governo indonésio, divulgados em março, indicam que, embora seja um destino turístico bastante procurado, os acidentes nessa trilha têm aumentado nos últimos anos, quase dobrando em 2024 comparado a 2023.
Segundo o Escritório do Parque Nacional do Monte Rinjani, ocorreram 21 incidentes em 2020; 33 em 2021; 31 em 2022; 35 em 2023; e 60 em 2024.
Quanto às fatalidades, foram duas em 2020; uma em 2021; uma em 2022; três em 2023; uma em 2024; e agora em 2025 o primeiro caso confirmado deste ano, com a morte de Juliana, natural de Niterói (RJ).
O resgate da brasileira envolveu 48 pessoas. Segundo as autoridades, técnicas de salvamento vertical foram utilizadas, porém, o terreno íngreme do penhasco e as condições climáticas adversas dificultaram a operação.
Quem é
A confirmação do falecimento foi publicada pela família nas redes sociais nesta terça-feira (24/6). Juliana estava aguardando o resgate desde o dia 21/6, após cair durante a caminhada no vulcão Rinjani, em Lombok. Ela fazia um mochilão pela Ásia.
“Hoje, a equipe de resgate conseguiu alcançar o local onde Juliana Marins estava. É com muita tristeza que informamos que ela não resistiu. Agradecemos imensamente todas as orações, mensagens de apoio e carinho recebidos”, escreveu a família no Instagram, na página Resgate Juliana Marins.
O pai de Juliana, Manoel Marins Filho, viajou para Bali, Indonésia, nesta terça para acompanhar o processo.
Foram quatro dias de tentativas para resgatar Juliana. Na segunda-feira, a operação foi suspensa devido ao mau tempo na região. A família relata que a equipe avançou apenas 250 metros em um dia todo, ficando ainda a 350 metros do ponto onde Juliana estava.
Ao longo dessa época do ano, mudanças rápidas no clima são comuns naquela região. A família afirmou que o governo da Indonésia tinha conhecimento disso, mas não agilizou o resgate, classificando a ação como morosa e sem o devido preparo e estrutura.
Além disso, os familiares relataram que Juliana não teve acesso a água, alimentação e roupas adequadas durante o tempo em que permaneceu no local aguardando ajuda.