Receio é de que haja relação com barragem da CSN instalada na cidade; a companhia diz que não há anomalia na estrutura
Moradores de Congonhas, na Região Central de Minas Gerais, relataram ter sentido um tremor na noite deste domingo (15). De acordo com o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), o evento foi registrado às 22h19 e teve magnitude de 2.1 mR.
Ainda não se sabe a causa do tremor. Os residentes têm receio de que haja alguma relação com a barragem Casa de Pedra, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), instalada na cidade. “Estamos com muito medo desta barragem. A cidade toda tremeu”, disse uma moradora do bairro Tancredo Neves.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 22h30. Os militares entraram em contato com a CSN para apurar o ocorrido e foram informados de que a equipe de geologia da empresa já tinha feito uma verificação, sem constatar nenhuma irregularidade.
Ao G1, a CSN Mineração informou que não detectou nenhum tremor de terra na cidade. Em nota, a companhia diz que “está verificando a origem do estrondo relatado e reforça que o monitoramento realizado permanentemente não verificou nenhuma anomalia na barragem Casa de Pedra que permanece segura e estável”.
A Defesa Civil de Minas Gerais informou, na manhã desta segunda-feira (16), que a coordenadoria municipal de Defesa Civil de Congonhas fez uma vistoria, após relatos de barulhos e tremor de terra, e constatou que não houve vítimas e danos materiais.
Ainda segundo o órgão, em consulta aos observatórios sismológicos, não foi registrada ocorrência de sismos na região.
Já a Prefeitura de Congonhas e a Defesa Civil municipal informaram que, após receberem telefonemas de moradores do bairro Residencial Gualter Monteiro e outros, por volta das 22h45, estiveram no local para inspeções e vistorias. Paralelemente, a Defesa Civil manteve contato telefônico com representantes das empresas CSN e Vale.
O executivo informou que reforçou o patrulhamento na manhã desta segunda-feira, “para seguir acompanhando de perto quaisquer procedimentos e possíveis novos tremores”. Disse, ainda, que aguarda um relatório técnico das mineradores que atuam na cidade sobre os impactos do tremor.
Esta não é a primeira vez que a população de Congonhas vivencia a situação. Em 2019, o Observatório Sismológico da UnB registrou mais de 40 tremores na região.