O número total de veículos que circulam por estradas pedagiadas no Brasil diminuiu 0,2% entre agosto e setembro, considerando ajustes sazonais, segundo dados da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e da Tendências Consultoria Integrada. Contudo, se compararmos com setembro de 2024, houve um aumento de 2,3% no tráfego.
No acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento do fluxo foi de 2,3%. De janeiro a setembro deste ano, o aumento também foi de 2,3% em relação ao mesmo período de 2024.
Separando por tipos de veículos, os carros leves tiveram uma diminuição de 1% entre agosto e setembro, considerando o ajuste sazonal, e uma alta de 1,7% em comparação a setembro do ano passado. Nos últimos 12 meses, o fluxo de veículos leves cresceu 2,4%, e de janeiro a setembro, o aumento foi de 2,3%.
De acordo com Thiago Xavier e Davi Gonçalves, analistas da Tendências Consultoria, a redução no tráfego de veículos leves em setembro aconteceu após um forte crescimento em agosto. Eles destacam que o mercado de trabalho aquecido ajuda a manter o deslocamento diário dos trabalhadores, mas fatores como crédito mais caro e inflação alta limitam o consumo, o que impacta o fluxo de veículos.
Para os veículos pesados, houve um crescimento de 1,7% entre agosto e setembro. Comparando com setembro de 2024, o aumento foi de 4,1%. Nos últimos 12 meses, o crescimento foi de 2,2%, e o acumulado do ano também indica alta de 2,2%.
Segundo os analistas da Tendências, o aumento no tráfego de veículos pesados está ligado ao transporte da produção agrícola, ainda que em desaceleração, e ao bom desempenho de alguns setores da indústria de transformação. Entretanto, o ritmo de crescimento enfrenta dificuldades causadas pela política monetária mais rígida.