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quarta-feira, 18/06/2025




Toxina de escorpião da Amazônia combate células do câncer de mama

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Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) identificaram uma molécula no veneno de um escorpião da Amazônia que age de forma similar a um medicamento usado contra o câncer de mama. Os testes iniciais foram feitos com células isoladas em laboratório.

Os experimentos, conduzidos na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da USP (FCFRP-USP), mostraram que essa substância presente no veneno do Brotheas amazonicus é capaz de destruir células tumorais com eficácia comparável ao paclitaxel, um quimioterápico amplamente empregado no tratamento da doença.

Eliane Candiani Arantes, professora da FCFRP-USP e líder do projeto, explicou que a molécula encontrada no veneno do escorpião amazônico é semelhante àquela presente em venenos de outras espécies, destacando sua ação contra as células do câncer de mama.

Principais sintomas do câncer de mama

  • Aparição de nódulo indolor, duro e irregular nas mamas.
  • Edema com aspecto de casca de laranja na pele.
  • Retração da pele.
  • Desconforto ou dor na região.
  • Inversão do mamilo.
  • Descamação ou feridas no mamilo.
  • Secreção transparente, rosada ou avermelhada saindo do mamilo.
  • Linfonodos palpáveis na axila.

Veneno mata células do câncer de mama

Em laboratório, os cientistas isolaram a toxina BamazScplp1 do veneno do Brotheas amazonicus. Este composto mostrou resultado semelhante ao paclitaxel, induzindo a morte das células cancerígenas predominantemente por necrose.

Os dados preliminares foram apresentados durante a FAPESP Week França, um evento realizado em Toulouse, França. Este trabalho resultou de uma parceria entre a USP, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e a Universidade do Estado do Amazonas.

Atualmente, os pesquisadores buscam formas de produzir a molécula em laboratório, evitando a extração direta do veneno dos escorpiões. Ressaltam que o uso terapêutico concentra-se na molécula isolada, e o contato direto com os animais para extrair o veneno não é recomendado.

Potencial para novos tratamentos

A molécula descoberta é parte de uma série de iniciativas que aproveitam a biodiversidade do Brasil para desenvolver novos tratamentos. Apesar de estar em fase inicial, os resultados indicam que substâncias naturais podem contribuir para tratar doenças complexas, como o câncer.

Os próximos passos incluem a intensificação dos testes laboratoriais e a produção da BamazScplp1 em ambiente controlado. Caso os resultados continuem promissores, o composto poderá avançar para estudos clínicos e futuramente ser utilizado no tratamento de pacientes com câncer de mama.




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