São Paulo, SP – O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou contra o pedido de soltura do ex-jogador Robinho, condenado por estupro e preso desde março de 2024 na Penitenciária II de Tremembé (SP).
Toffoli seguiu o voto do relator do caso, Luiz Fux. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (27) em sessão virtual do STF.
Até o momento, o placar está em 3 a 1 pela manutenção da prisão de Robinho. Além de Toffoli e Fux, os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes também fizeram seus votos, sendo que Gilmar Mendes foi o único favorável ao recurso da defesa do ex-jogador.
Resta aguardarmos os votos de sete ministros: André Mendonça, Carmen Lúcia, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Flávio Dino, Luis Roberto Barroso e Nunes Marques.
Como está o julgamento
No final de 2024, o STF rejeitou, por 9 votos a 2, pedidos de liberdade feitos por Robinho. A defesa dele questionou essa decisão.
O STF começou a analisar o caso em março e o julgamento segue aberto até o dia 29 de agosto.
Sobre a prisão de Robinho
Em 2014, Robinho admitiu que teve relação sexual com a vítima, mas negou que houve violência. Ele manteve essa versão em entrevista dada em 2020.
Também em 2020, quando já tinha sido condenado em primeira instância, Robinho acertou seu retorno para o Santos, mas o clube cancelou o contrato poucos dias depois devido à pressão da torcida e da imprensa.
Em 2022, Robinho foi condenado na última instância da Justiça italiana a nove anos de prisão.
Por estar no Brasil, onde não ocorre extradição de cidadãos, ele nunca foi preso na Itália. Por isso, o país europeu pediu que o Brasil analisasse a possibilidade de ele cumprir a pena em território brasileiro.
No Brasil, Robinho foi condenado a nove anos de prisão pelo crime cometido na Itália e está preso desde março de 2024 na Penitenciária II de Tremembé.