O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, decidiu anular todas as ações da Operação Lava Jato contra o doleiro Alberto Youssef, que já admitiu ter cometido crimes.
Em um documento de 53 páginas, Toffoli apontou uma troca de favorecimentos ilegais entre os responsáveis pela acusação e o juiz que cuidava do caso, o ex-juiz Sérgio Moro, atual senador. Moro esteve à frente da Lava Jato quando ela começou, trabalhando na 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, onde a operação teve origem.
No entanto, Toffoli não anulou o acordo de delação premiada que Alberto Youssef firmou em 2014. O doleiro é uma figura importante dentro da Lava Jato. Ele foi preso em março de 2014, quando a operação começou, e foi o segundo a fazer um acordo de delação, logo depois de Paulo Roberto Costa, que era diretor de Abastecimento na Petrobras e também colaborou com as investigações.
Essa decisão do ministro impacta diretamente o andamento de processos ligados ao caso, destacando falhas na condução das investigações iniciais.