Na tarde deste domingo (14/12), pelo menos nove pessoas perderam a vida em um tiroteio na praia de Bondi, em Sydney, Austrália, durante a comemoração do feriado judaico Hanukkah. O ataque foi cometido por dois homens armados; um dos atiradores foi morto e o outro ferido e preso.
Os serviços de emergência informaram que oito vítimas estão hospitalizadas. O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, classificou o acontecimento como “chocante e devastador” e expressou seus sentimentos às pessoas afetadas.
Uma testemunha, turista britânico, relatou ter visto “dois homens carregando fuzis e vestidos de preto” na praia de Bondi, local muito popular entre turistas, banhistas e surfistas.
De acordo com o Sydney Morning Herald, um dos suspeitos foi baleado pela polícia e o outro detido. A polícia alertou inicialmente sobre um “incidente em andamento” e pediu que as pessoas evitassem a área e buscassem abrigo.
Imagens transmitidas por emissoras locais mostraram pessoas caídas e uma multidão tentando fugir, com sons de tiros e sirenes ao fundo.
Harry Wilson, morador de Sydney e testemunha, descreveu cenas de desespero: “Vi pelo menos dez pessoas caídas e sangue espalhado. As imagens de Bondi são inquietantes e assustadoras. Policiais e equipes de emergência trabalham para salvar vidas.”
Embora o ataque tenha ocorrido durante a celebração judaica, as autoridades australianas não confirmaram oficialmente que a comunidade judaica foi o alvo do atentado. Alex Ryvchin, codiretor-executivo do Conselho Executivo de Judeus Australianos, afirmou que o tiroteio aconteceu no momento da acendimento da primeira vela de Hanukkah na praia.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, condenou o ato, chamando os atacantes de terroristas que agiram cruelmente contra judeus.
O chefe da Associação Judaica da Austrália, Robert Gregory, classificou o evento como uma tragédia previsível, alegando que o governo de Anthony Albanese foi alertado diversas vezes, porém não tomou as devidas providências para proteger a comunidade judaica.
