A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) criou um grupo de pessoas para desenvolver maneiras específicas de avaliar alunos da educação especial. Esse time também vai preparar um Manual de Provas Acessíveis, que vai ajudar os professores a aplicar avaliações adaptadas nas escolas públicas do DF. O objetivo é garantir que esses alunos possam participar com igualdade das avaliações.
O manual vai seguir os princípios da educação inclusiva e vai focar especialmente na ProvaDF, que é uma avaliação usada para medir o desempenho dos estudantes em diferentes níveis de ensino no Distrito Federal.
Luzineide Ribeiro, diretora de Avaliação Educacional da SEEDF, ressaltou a importância dessa iniciativa. “Os processos de avaliação precisam ser justos e inclusivos. Alunos da educação especial ainda enfrentam dificuldades para participar plenamente nas provas, e criar esses indicadores junto com o manual vai ajudar a reconhecer melhor o aprendizado desses estudantes”, disse.
O grupo é coordenado pela Diretoria de Avaliação Educacional (Diav) e contará com membros de outras áreas da Secretaria, como planejamento, educação inclusiva e educação básica. Especialistas poderão ser chamados conforme necessário.
Estão previstos ao menos quatro encontros para o grupo. Nos dois primeiros, será feita uma análise das necessidades dos alunos da educação especial, identificando dificuldades e definindo regras para adaptar a ProvaDF. Essas adaptações vão garantir que as avaliações sejam acessíveis, considerando aspectos técnicos, metodológicos e logísticos.
Nos encontros seguintes, o foco será criar o Manual de Provas Acessíveis, definindo sua estrutura, formatos acessíveis como Braille e digital, e regras para aplicar as provas. Também serão elaborados os indicadores de avaliação específicos, validados em conjunto, para depois serem publicados e utilizados oficialmente.
Dulcinete Alvim, diretora de Educação Inclusiva e Atendimentos Educacionais Especializados da SEEDF, destacou que essa ação é um avanço importante. “Avaliar alunos com deficiência de modo acessível é garantir a democratização da educação, como manda a Constituição. Essa iniciativa ajuda a criar chances justas para todos mostrarem suas habilidades”, afirmou.
Dulcinete também lembrou que é fundamental capacitar os profissionais das escolas, para que o projeto funcione bem. “Será necessário preparar toda a equipe escolar para alcançar os objetivos. A educação especial no DF está avançando para cumprir a Lei Brasileira de Inclusão, criando condições para o desenvolvimento dos alunos com deficiência e Transtorno do Espectro Autista (TEA)”, acrescentou.
Esse trabalho está incluído no plano do SipaeDF 2025, que busca melhorar a qualidade da educação pública e reforçar o compromisso com a igualdade no ensino do Distrito Federal.
Com informações da SEEDF