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sexta-feira, 15/08/2025

Tia afirma que sobrinho estava vivo e policial civil impediu socorro

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Ivoneide Matos, 39 anos, tia e madrinha do jovem universitário João Gabriel Matos da Silva, de 20 anos, contou que ele ainda estava vivo após ser baleado por um policial civil na tarde de quinta-feira (14/8). Ela disse que o policial interditou o socorro de populares ao rapaz.

Em entrevista concedida na 27ª Delegacia de Polícia do Recanto das Emas, Ivoneide detalhou que João Gabriel ainda respirava e pedia ajuda, mas que o policial não permitiu que ninguém se aproximasse. O jovem estava com o capacete, o que dificultava sua respiração devido ao ferimento causado pelo disparo.

Ivoneide explicou que o rapaz oferecia carona a um amigo quando foi baleado pelo policial civil do Distrito Federal. Segundo ela, o agente se irritou com João Gabriel, começou a gritar e disparou um tiro pelas costas do adolescente que estava na garupa da moto, atravessando o braço dele e atingindo o corpo do jovem universitário.

A família está profundamente abalada com o ocorrido e busca justiça para a morte do sobrinho e afilhado. Ivoneide lamentou: “O policial matou porque quis. Eles tiraram a vida do meu sobrinho”.

João Gabriel estudava tecnologia da informação na Estácio e, no dia do incidente, passou o dia ajudando o pai na reforma do apartamento da família, localizado no Recanto das Emas. Ele era filho único.

O fato aconteceu na Quadra 509 do Recanto das Emas. Testemunhas relataram que um policial civil, em um carro descaracterizado, estava entregando uma intimação quando avistou João Gabriel Matos da Silva passando de moto com um adolescente de 15 anos na garupa. O agente desconfiou dos rapazes e tentou abordá-los.

Ainda não está claro como os disparos ocorreram, mas foram dois tiros disparados pela arma do policial, sendo um que atingiu o lado do corpo de João Gabriel e outro que feriu o braço do adolescente. O estudante universitário morreu no local, enquanto o menor foi encaminhado ao Hospital Regional de Ceilândia.

Segundo relatos de vizinhos, o policial teria ordenado que João Gabriel descesse da moto, mas como ele não reconheceu o agente à paisana, pode ter interpretado a abordagem como um ataque criminoso e tentou fugir, o que levou o policial a abrir fogo.

Durante a perícia, familiares e amigos se reuniram para homenagear o jovem e protestar. O clima na comunidade era de tristeza e revolta com a ação do policial, cuja identidade não foi divulgada até o momento.

O grupo indignado foi até a 27ª Delegacia de Polícia para manifestar seu descontentamento e, por precaução, a unidade teve a segurança reforçada durante a noite.

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