Se pedido de autorização for concedido, testes devem começar em maio. Instituto de Pesquisa L2iP, que conduz estudo no Distrito Federal, suspendeu cadastro de voluntários após fake news
O início dos testes clínicos em crianças para a estudo da vacina desenvolvida pela farmacêutica Jassen, da empresa Johnson & Johnson, depende da liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e também do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) para começar. Uma das unidades federativas nas quais o inoculante pediátrico será testado é o Distrito Federal.
Na capital federal, os estudos clínicos são conduzidos pelo Instituto de Pesquisas Clínicas L2iP, que recrutou os voluntários pelo site. A testagem da vacina pediátrica deve começar em maio deste ano, se for autorizado pela Anvisa. Depois disso é que a Janssen deve definir quantos voluntários vão efetivamente participar do estudo.
Por ora, após o pedido de liberação dos testes, a L2iP afirma que o estudo está em fase regulatória – com isso, só depois da aprovação em todas as instâncias da Anvisa é que os voluntários cadastrados serão convocados e passarão por uma triagem. Desse modo, a L2iP reforça que o cadastro não garante que a pessoa vai participar dos estudos clínicos. Para isso, ainda será preciso atender a uma série de critérios.
Para agilizar esse processo, a empresa fez o pré-cadastro dos interessados em seu site. No entanto, na semana passada, esses cadastros foram suspensos após a circulação de fake news sobre o estudo nas redes sociais e aplicativos de mensagem, como o WhatsApp.
Na semana passada, o Ministério da Saúde e a Janssen assinaram um acordo de compra antecipada do imunizante da empresa, que é administrado em dose única e que será incorporado ao Programa Nacional de Imunização (PNI). Essa vacina é aplicada apenas em adultos, já que os estudos não foram ainda realizados entre as crianças.