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domingo, 24/11/2024
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Tesouro judeu da Segunda Guerra Mundial é encontrado durante reforma de casa na Polônia

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Acredita-se que donos da casa, que provavelmente morreram no Holocausto, tenham escondido os artefatos à época do conflito.

Krzysztof Hejmanowski (esquerda), inspetor da construtora Warbud, e Bartlomiej Gwozdz (direita), arqueólogo, posam para uma fotografia com objetos da Segunda Guerra Mundial, em Lódz, Polônia, quarta-feira, 11 de janeiro de 2023 — Foto: AP Photo/Rafal Niedzielski

As autoridades da Polônia anunciaram na quarta-feira (11) a descoberta de quase 400 objetos que datam da Segunda Guerra Mundial durante a reforma de uma casa na cidade de Lódz, região central do país. Acredita-se que, à época do conflito, os donos da casa eram judeus e tenham escondido os artefatos.

Entre os achados estão menorás e chanuquiás (comumente utilizados em celebrações judaicas), talheres e itens de uso diário.

“Os moradores que enterraram esses itens provavelmente pensaram que um dia voltariam para buscá-los, que seriam capazes de recuperá-los. Provavelmente, essas pessoas perderam suas vidas [no Holocausto]”, disse Adam Pustelnik, vice-prefeito de Lódz.

Krzysztof Hejmanowski, um inspetor da construtora Warbud, cuja equipe encontrou o tesouro, disse que os itens estavam embrulhados em jornais e guardados em uma caixa de madeira. As autoridades disseram que os objetos recuperados serão transferidos para o Museu de Arqueologia da cidade.

“Essas histórias são verdadeiramente raras e preciosas e também são uma grande lição para todos nós”, afirmou Pustelnik.

O endereço onde os objetos foram encontrados, na Rua Polnocna, 23, ficava fora do perímetro do Gueto de Litzmannstadt, que era na região. Os alemães nazistas estabeleceram o bairro em Lódz em fevereiro de 1940 e, até agosto de 1944, a vizinhança abrigou cerca de 200 mil judeus de toda a Europa. A maioria morreu lá ou em campos de concentração.

Uma funcionária da Administração Municipal de Investimentos, Małgorzata Loeffler, disse que os itens e sua história despertam “emoção e profunda reflexão sobre o fato de que não estamos sozinhos, que deixamos algo para trás”.

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