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quinta-feira, 26/06/2025




Tesouro Direto registra maior venda em maio da história

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Em Brasília

O Tesouro Direto alcançou um marco histórico nas vendas para o mês de maio, impulsionado principalmente pelo vencimento recorde de títulos atrelados à Selic, a taxa básica de juros da economia, conforme divulgado pelo Tesouro Nacional em Brasília nesta quinta-feira (26). No último mês, as vendas de títulos públicos pela internet totalizaram R$ 6,86 bilhões.

Embora o valor seja 3,28% inferior ao registrado em abril, quando as vendas somaram R$ 7,09 bilhões, ele representa um aumento significativo de 35,03% em relação a maio de 2024. O recorde absoluto para um mês foi batido em março deste ano, com vendas que chegaram a R$ 11,69 bilhões.

Preferência pelos títulos e contexto dos juros

Os títulos mais adquiridos em setembro foram aqueles associados à taxa básica de juros, correspondendo a 53% das vendas. Títulos corrigidos pela inflação (IPCA) representaram 26,8%, e os prefixados, com juros fixos desde a emissão, alcançaram 11,8% do total. O Tesouro Renda+, criado para financiar aposentadorias e lançado em início de 2023, respondeu por 6,6% das vendas, enquanto o Tesouro Educa+, destinado à poupança para ensino superior e lançado em agosto de 2023, representou 1,8% das vendas.

O interesse pelos títulos atrelados à Selic é reflexo direto da alta da taxa, que subiu de 10,5% ao ano para 15% ao ano até setembro de 2024. A previsão de novas elevações mantém esses títulos atraentes para investidores, assim como o aumento esperado da inflação oficial mantém o apelo dos títulos corrigidos pelo IPCA.

Saldo e perfil dos investidores

O saldo total investido no Tesouro Direto atingiu R$ 176,112 bilhões ao final de maio, um crescimento de 3,1% em relação ao mês anterior e um avanço de 26,1% comparado a maio de 2024, impulsionado pela valorização dos títulos e maior volume de vendas em relação aos resgates (superior em R$ 3,62 bilhões no último mês).

Em termos de participantes, o programa incorporou 291.472 novos investidores em maio, totalizando 32.494.855 inscritos. No último ano, o número de investidores aumentou 13,4%, com 3.013.961 investidores ativos, o que representa um crescimento anual de 15,1%.

Pequenos investidores predominam nas operações, com 79,3% das vendas relativas a aplicações de até R$ 5 mil, e mais da metade das operações (56,6%) sendo de até R$ 1 mil. A média por operação foi de R$ 8.324,32. A preferência é por papéis de curto prazo, com 41,3% das vendas em títulos com prazo de até cinco anos, 39,7% com prazos entre cinco e dez anos, e 18,9% em títulos com mais de dez anos de duração.

Objetivo e funcionamento do Tesouro Direto

Instituído em janeiro de 2002, o Tesouro Direto visa democratizar o acesso aos títulos públicos, permitindo que pessoas físicas adquiram esses papéis diretamente pela internet, sem intermediários financeiros. O investidor paga uma taxa à B3, deduzida nas operações, para participar do programa.

As vendas de títulos públicos constituem uma das principais maneiras do governo captar recursos para pagar dívidas e compromissos financeiros. Em troca, o Tesouro Nacional garante a devolução do valor investido, acrescido de remuneração que pode variar conforme a Selic, índices de inflação, câmbio ou taxas prefixadas, dependendo do tipo de título adquirido.




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