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quinta-feira, 31/07/2025

Terremoto Forte na Rússia Causa Tsunami e Alerta Global

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Um potente terremoto de magnitude 8,8 atingiu o extremo leste da Rússia na madrugada de quarta-feira (30/7), causando tsunamis e motivando ordens de evacuação no estado americano do Havaí, no Japão e em países da América Latina com costa no Pacífico.

Este sismo, o mais forte registrado desde o tremor de magnitude 9,0 no Japão em 2011, provocou danos em edifícios na península remota de Kamchatka, na Rússia. Ondas inundaram parcialmente um porto, arrastaram barcos e destruíram a fachada de um jardim de infância, conforme relatado pelo governo local. Várias pessoas ficaram feridas, porém não houve registros de casos graves ou mortes.

Na cidade de Severo-Kurilsk, nas ilhas Curilas ao sul de Kamchatka, as ondas de tsunami alcançaram até cinco metros, segundo a agência russa RIA. O prefeito Alexander Ovsyannikov informou que pelo menos quatro ondas atingiram a região.

De acordo com o Serviço Geológico dos EUA, o epicentro do tremor ocorreu a 19,3 km de profundidade e a 119 km a sudeste de Petropavlovsk-Kamchatsky, cidade russa com cerca de 165 mil habitantes. Taroslav, morador local, descreveu o tremor como contínuo por pelo menos três minutos, com paredes parecendo que poderiam desabar a qualquer momento.

A região Kamchatka e o Extremo Oriente da Rússia, localizada no Círculo de Fogo do Pacífico, é conhecida por sua atividade geológica intensa, sendo suscetível a terremotos e erupções vulcânicas. A Academia Russa de Ciências declarou que este foi o mais forte terremoto na área desde 1952.

Apesar da magnitude elevada, a intensidade do tremor foi menor do que o esperado, segundo Danila Chebrov, diretor do Serviço Geofísico da Filial de Kamchatka. Ele também afirmou que não há previsão de tremores mais fortes no futuro próximo e que a situação está sob controle.

Alertas de tsunami foram emitidos em cidades costeiras japonesas, com evacuações de milhares de pessoas. A usina nuclear de Fukushima, local do desastre de 2011, foi desocupada como medida de precaução. Na ilha de Hokkaido, moradores se abrigaram em telhados enquanto barcos de pesca evacuaram portos para evitar danos. Foram registradas ondas de até 1,3 metro no país, sem relatos de feridos ou danos graves em instalações nucleares.

Na Indonésia, províncias como Sulawesi do Norte emitiram alertas e evacuaram áreas costeiras preventivamente, com previsão de ondas que podem alcançar 4 metros na Polinésia Francesa.

Nos Estados Unidos, o estado do Havaí orientou seus moradores a buscarem áreas mais elevadas. A Guarda Costeira ordenou a saída de navios dos portos. As primeiras ondas chegaram com cerca de 1,5 metro de altura, mas depois o alerta foi rebaixado. O Centro Nacional de Alerta de Tsunamis afirmou que não se espera um grande tsunami no Havaí. Estados como Alasca e Califórnia também se prepararam para a chegada das ondas, que atingiram a costa californiana, com altura próxima a um metro em Arena Cove.

Simultaneamente, na China, cerca de 283 mil pessoas foram evacuadas de Xangai devido à aproximação do tufão Co-May, que elevou o alerta de tempestade para laranja, segundo o Observatório Meteorológico Central local.

Em países da América Latina, alertas de tsunami foram emitidos. No México, o centro de alerta de tsunami recomendou evitar praias do Pacífico e suspendeu o tráfego marítimo. A Guatemala emitiu um alerta, avaliando o risco como baixo. O Equador proibiu viagens marítimas e pediu que as populações evitem praias e portos, destacando que as Ilhas Galápagos podem ser afetadas.

Chile e Peru também receberam alertas, com possíveis ondas de até 3 metros e evacuações em áreas costeiras. Na Colômbia, ordens de evacuação foram emitidas para as praias do Pacífico. Até o momento não há notícias de danos significativos nestes países.

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