O número de vítimas fatais do terremoto que atingiu a região central das Filipinas aumentou para 72 nesta quinta-feira (2/10). Os corpos das últimas três vítimas foram encontrados nos escombros de um hotel desabado durante a noite na cidade de Bogo, próxima ao epicentro do tremor de magnitude 6,9 registrado na última terça-feira (30/9).
De acordo com o Conselho Nacional de Redução e Gestão de Riscos de Desastres, não há relatos de desaparecidos e as operações de busca serão encerradas.
O presidente filipino Ferdinand Marcos visitou Bogo e prometeu construir abrigos temporários para cerca de 600 famílias que perderam suas residências no terremoto. Além disso, outros 80 edifícios foram afetados.
Milhares de pessoas que tiveram suas casas estruturalmente preservadas, mas que ainda enfrentam riscos por conta dos tremores, também serão acolhidas.
Recentemente, as Filipinas foram atingidas por um supertufão que causou graves danos em várias áreas do Pacífico Ocidental. O serviço meteorológico do país alertou na quinta-feira sobre a aproximação de um ciclone com ventos de 75 km/h, que deverá se intensificar na sexta-feira pela manhã, podendo provocar enchentes.
Até o momento, 294 pessoas ficaram feridas e aproximadamente 20 mil precisaram deixar suas casas na região norte da província de Cebu, muitas dormindo nas ruas. A defesa civil informou que mais de 110 mil habitantes em 42 comunidades foram impactados pelo terremoto, necessitando de ajuda para reconstruir suas moradias e restaurar seus meios de vida.
Durante sua visita a Bogo, Ferdinand Marcos também inspecionou um projeto habitacional parcialmente danificado, construído para abrigar sobreviventes do supertufão Haiyan de 2013, que causou mais de 7 mil mortos e desaparecidos. O hospital provincial de Cebu também sofreu danos.
Fenômeno frequente
Os terremotos são comuns nas Filipinas, situadas no chamado “Círculo de Fogo” do Pacífico, uma área de intensa atividade sísmica que vai do Japão ao Sudeste Asiático, passando pela bacia do Pacífico.
Em julho, um tremor de magnitude 8,8 foi registrado nesta mesma zona sísmica, afetando regiões da Rússia e gerando ondas gigantes em outros países. Além disso, o arquipélago enfrenta cerca de 20 tufões e tempestades anualmente.