Dois cidadãos de Belarus foram detidos na Polônia após um drone sobrevoar prédios governamentais do país. A notícia, que eleva a tensão na Europa, foi anunciada pelo premiê polonês, Donald Tusk, nesta segunda-feira (15/9).
Em comunicado, Tusk informou que a aeronave não-tripulada foi interceptada pelo Serviço de Proteção do Estado. O drone teria voado sobre o Palácio Belweder, residência oficial do presidente da Polônia.
Este episódio ocorre poucos dias depois de um incidente envolvendo drones russos no território polonês, em 9 de setembro. Na ocasião, cerca de 19 drones da Rússia penetraram o espaço aéreo da Polônia.
Quatro drones foram abatidos, marcando o primeiro confronto direto em que um país membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) atingiu alvos russos desde o início da guerra na Ucrânia. A Polônia recebeu suporte militar da Itália, Holanda e Alemanha.
A Rússia negou que os drones tenham invadido intencionalmente o espaço aéreo polonês e afirmou que os dispositivos foram empregados para atingir posições ucranianas.
O incidente resultou em uma mobilização da Otan, que lançou a operação Sentinela Oriental para fortalecer a segurança no flanco leste da aliança, abrangendo países como Polônia, Estônia, Letônia, Lituânia, Eslováquia, Hungria, Romênia e Bulgária.
Violação aérea na Romênia
No sábado passado, o governo da Romênia também relatou uma incursão em seu espaço aéreo. Segundo o Ministério da Defesa romeno, aeronaves russas teriam penetrado o território durante um ataque a posições ucranianas próximas à fronteira.
Todo esse movimento militar ocorre paralelamente aos exercícios conjuntos entre as forças russas e de Belarus no território governado por Aleksandr Lukashenko.