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segunda-feira, 08/12/2025

Tenente afastado da PM ganha só um terço do salário

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São Paulo, SP (UOL/FOLHAPRESS)

A Polícia Militar de São Paulo afastou o tenente Henrique Otavio Oliveira Velozo de suas funções após o caso envolvendo a morte do lutador Leandro Lo.

A decisão foi publicada no Diário Oficial em 1º de dezembro e aprovada por unanimidade pelo Conselho de Justificação da PM.

Henrique Velozo não pode usar o uniforme da corporação e ficará sob um regime disciplinar que inclui o afastamento das atividades, recebendo apenas um terço do salário, que é atualmente de R$ 14,6 mil, além de não poder ser promovido.

O tenente responde a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) dentro da PM, que apura sua conduta independentemente da absolvição na Justiça Criminal. A PM informou que ele poderá voltar ao serviço após a decisão final do Judiciário sobre o PAD.

A defesa de Velozo declarou que ele aguardará a decisão do procedimento disciplinar fora do serviço e estuda ações para seu retorno ao trabalho operacional.

Júri popular absolve tenente

O julgamento de Velozo durou três dias e o júri, composto por cinco mulheres e dois homens, decidiu pela absolvição por legítima defesa. A sessão aconteceu em 14 de novembro no Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, em São Paulo.

O advogado Cláudio Dalledone afirmou que as provas mostraram que o policial agiu para se defender do lutador Leandro Lo, após ser agredido.

Durante o julgamento, a defesa apontou contradições nos testemunhos, reforçando a versão de legítima defesa. Segundo o advogado, Leandro Lo foi um grande campeão, mas infelizmente foi responsável pelo incidente.

Decisão judicial garante retorno à PM

Em outubro, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a reintegração do policial à PM, suspendendo a demissão que havia sido decretada em setembro pelo governador Tarcísio de Freitas.

O desembargador Ricardo Dip ordenou que Henrique Velozo volte a receber o salário integral de policial militar, de R$ 14,6 mil por mês.

Contexto do ocorrido

Leandro Lo foi baleado em agosto de 2022 após uma briga no Clube Sírio, em Indianópolis, zona sul de São Paulo, durante um show da banda Pixote.

Velozo já conhecia o lutador e se entregou um dia após o ocorrido. A mãe de Leandro Lo, Fátima, disse que o tenente teria ido ao local com a intenção de matar o lutador.

Testemunhas relataram que o policial provocou Leandro Lo antes de ser imobilizado por ele e, logo depois, voltou e efetuou os disparos.

Depois do incidente, Velozo foi a uma boate e depois a um motel. Imagens de segurança indicam que ele esteve em um tradicional prostíbulo de São Paulo chamado Bahamas, onde consumiu bebidas.

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