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sábado, 27/12/2025

Tebet busca apoio do mercado para reduzir gastos do governo

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Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, reafirmou nesta segunda-feira, 24, o compromisso do governo federal em manter a responsabilidade fiscal, equilibrando o crescimento econômico e o controle da inflação. Ela destacou que, durante os três anos de gestão, o Executivo tentou avançar em reformas para controlar os gastos, mas encontrou resistências de grupos de pressão.

“Nas reformas fiscais, avançamos mais devagar do que o necessário. É importante dividir as responsabilidades. O Executivo tentou, mas enfrentou dificuldades por conta dos lobbies que impediram avanços”, comentou Tebet durante o almoço anual da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

A ministra ressaltou que o setor financeiro pode colaborar para convencer o Congresso a aprovar a redução de gastos, principalmente em relação aos altos gastos tributários e isenções fiscais. “Aqui vocês, agentes do mercado, podem ser parceiros do Brasil, não só no Executivo, mas também no Congresso Nacional”, afirmou.

Tebet também frisou que não é preciso frear o crescimento econômico por medo da inflação, mas sim criar condições para um crescimento justo e sustentável. Ela defendeu que o controle dos gastos públicos e a responsabilidade fiscal são essenciais.

A ministra destacou a importância de um planejamento eficaz no Orçamento federal, citando como exemplo países asiáticos que estabelecem metas de médio e longo prazo e orientam investimentos com base em indicadores. “Gastar muito é ruim, mas gastar mal é ainda pior”, disse, defendendo investimentos em ciência, tecnologia e inovação, além da redução de gastos ineficazes.

Tebet finalizou afirmando que o Brasil está encerrando 2025 em uma situação melhor do que se esperava no início do ano, apesar dos desafios, como a alta taxa de juros. Ela mencionou a necessidade de revisar a estimativa do PIB potencial, que não estaria mais em 1,5%.

Novos gastos públicos

A ministra informou que não haverá novos gastos públicos federais em 2026. Apesar disso, é preciso continuar avançando na redução dos gastos, sobretudo dos benefícios tributários.

“Para 2026, afirmo que não haverá novos gastos públicos, mas precisamos cortar, mesmo que de forma linear, os gastos tributários”, disse ela.

Tebet reforçou que o Brasil precisa de planejamento no Orçamento e deve deixar de agir de forma improvisada. Ela citou que, apesar dos altos investimentos em educação, o país enfrenta um dos piores sistemas públicos educacionais do mundo.

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