O presidente Donald Trump anunciou na quarta-feira (6/8) em sua rede social Truth Social, pouco antes da meia-noite em Washington, que as tarifas de reciprocidade passaram a vigorar para vários países que mantêm relações comerciais com os Estados Unidos.
“As tarifas recíprocas entram em vigor à meia-noite de hoje! Bilhões de dólares, principalmente oriundos de países que exploram os Estados Unidos há muitos anos, rindo o tempo todo, começarão a ir para os EUA. A única coisa que poderia impedir o sucesso americano seria um tribunal radical de esquerda que queira ver nosso país fracassar!”, escreveu.
A medida aumenta as taxas sobre produtos importados que entram no mercado norte-americano. Donald Trump justifica essa ação como resposta aos desequilíbrios comerciais e, em certos casos, preocupações de segurança pública.
As novas tarifas variam entre 10% e 41%, e entrarão em vigor a partir de quinta-feira (7/8), ao invés do dia 1º como havia sido anunciado anteriormente. Contudo, produtos enviados para os EUA antes dessa data e que chegarem ao país até 5 de outubro ficarão isentos da tributação.
A maior taxa, de 41%, foi aplicada à Síria. Países como Laos e Mianmar foram taxados em 40%. Suíça (39%), Iraque e Sérvia (35%), assim como Argélia, Bósnia e Herzegovina, Líbia e África do Sul (30%) figuram entre os mais impactados.
A União Europeia, Japão e Coreia do Sul enfrentarão tarifas de 15% em produtos selecionados. Para Costa Rica, Bolívia e Equador, a alíquota subiu de 10% para 15%.
O Brasil manteve a tarifa base de 10% estabelecida em abril. Porém, o decreto do presidente Trump que impõe sobretaxas de 40%, com exceção de quase 700 produtos, fará com que a maior parte das exportações brasileiras seja taxada em até 50%.