A guerra comercial iniciada pelo presidente americano Donald Trump através de tarifas extensas chegou a um novo estágio com a ameaça de aplicar uma sobretaxa de 50% sobre as importações brasileiras a partir de 1º de agosto. Essa taxa adicional se somaria às tarifas já existentes contra o Brasil e para produtos específicos, como aço.
O Brasil foi o país mais afetado na nova rodada de tarifas anunciadas recentemente, mas não é o único impactado. Por determinação do chefe da Casa Branca, todos os países que exportam para os Estados Unidos enfrentam uma tarifa-base de 10%, com poucas exceções como medicamentos, semicondutores, smartphones, computadores e alguns minerais críticos.
A média das tarifas está em seu nível mais alto desde 1930.
Tarifas em vigor contra produtos específicos
- Aço e alumínio – 50%
- Carros e peças automotivas – 25%
Tarifas ameaçadas contra produtos específicos
- Cobre – 50% a partir de 1º de agosto
- Medicamentos – até 200%
- Semicondutores – 25% ou mais
- Filmes – 100%
- Madeira
- Aeronaves, motores e peças
Tarifas em vigor contra países específicos
- Canadá – 10% sobre energia e combustíveis, 25% para outros produtos fora do acordo USMCA
- China – 30%, com tarifas adicionais para alguns produtos
- México – 25% para itens fora do USMCA
- Reino Unido – 10% de tarifa-base, incluindo cota para carros, e 25% sobre aço e alumínio
- Vietnã – 20% para certos produtos, 40% para produtos originalmente exportados de outros países
Tarifas que podem entrar em vigor em 1º de agosto
- África do Sul – 30%
- Argélia – 30%
- Bangladesh – 35%
- Bósnia e Herzegovina – 30%
- Brasil – 50%
- Brunei – 25%
- Camboja – 36%
- Coreia do Sul – 25%
- Indonésia – 32%
- Iraque – 30%
- Japão – 25%
- Cazaquistão – 25%
- Laos – 40%
- Líbia – 30%
- Malásia – 25%
- Moldávia – 25%
- Mianmar – 40%
- Filipinas – 20%
- Sérvia – 35%
- Sri Lanka – 30%
- Tailândia – 36%
- Tunísia – 25%
Outras ameaças tarifárias
Donald Trump também ameaça impor uma tarifa adicional de 10% a qualquer país que adote políticas contra-americanas alinhadas ao bloco Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que criticaram as tarifas em sua última cúpula no Brasil.
Além disso, o presidente americano indicou que poderá taxar em até 50% as exportações da União Europeia caso não haja um acordo até 1º de agosto, aumentando a tarifa atual de 10%.

