Os governos estaduais de São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná estão adotando medidas para ajudar as empresas afetadas pelas tarifas adicionais de 50% impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. Essas medidas incluem ofertas de crédito subsidiado e liberação de créditos do ICMS para facilitar o funcionamento dos negócios impactados.
No Estado de São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas dobrou o orçamento para o crédito subsidiado destinado a empresas exportadoras, liberando R$ 400 milhões para apoiar setores prejudicados, como o café e a carne. Além disso, o governo paulista habilitou R$ 1,5 bilhão em créditos do ICMS, que podem ser usados por empresas com créditos acumulados para melhorar o fluxo de caixa.
O Rio Grande do Sul, liderado pelo governador Eduardo Leite, também mantém o programa de crédito subsidiado, com R$ 100 milhões disponibilizados via BRDE para exportadores de setores como armas e calçados. O governo estadual estuda ainda liberar créditos do ICMS para proporcionar alívio financeiro às empresas afetadas.
No Ceará, o governo, sob a condução do governador Elmano de Freitas, está avaliando a compra de peixes e castanhas destinados aos Estados Unidos para distribuição em programas sociais, escolas e hospitais locais. Essa iniciativa visa ajudar produtores locais enquanto o governo federal negocia com os EUA.
Por fim, o Paraná mantém o suporte aos setores atingidos, como madeireira, café e pescado, oferecendo crédito e renegociação de empréstimos com subsídios, além da tentativa de ampliar recursos no Fundo de Desenvolvimento Econômico. O estado ressalta que a sobretaxa preocupa devido à forte dependência das exportações para os EUA em diversos setores produtivos.
Outros estados, como Rio de Janeiro, Espírito Santo e Sergipe, também estão avaliando medidas para apoiar suas empresas exportadoras diante dessas novas tarifas americanas, formando grupos de trabalho para entender melhor os impactos e buscar soluções em parceria com o governo federal.