A partir desta segunda-feira (24), a tarifa das passagens de ônibus, metrô e trens da CPTM, que havia sido reajustada em R$ 3,20, volta a custar R$ 3 na cidade de São Paulo. A passagem integrada, que permite uma viagem de metrô ou trem e uma de ônibus, caiu de R$ 5 para R$ 4,65. De acordo com a São Paulo Transporte (SPTrans),responsável pela administração do bilhete único, quem comprou créditos para o cartão com o valor mais caro não terá prejuízo. Os créditos continuarão a ser debitados de acordo com a viagem.
A redução da tarifa das passagens de transporte público na capital paulista foi anunciada na última quarta-feira (19) pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e pelo prefeito,Fernando Haddad (PT), após uma série de protestos organizados pelo Movimento Passe Livre (MPL na capital paulista contra o aumento das passagens, que havia entrado em vigor no dia 1º de junho.
Desde o reajuste, foram seis grandes protestos e algumas reuniões entre líderes do MPL e autoridades do governo e prefeitura para negociar propostas. Um dia antes da revogação do reajuste, o prefeito Fernando Haddad havia declarado que o município não tinha receita para subsidiar ainda mais as tarifas do transporte público. Diante do posicionamento de Haddad, o MPL afirmou que não iria parar com as manifestações até que a tarifa fosse reduzida. No mesmo dia, foi organizada a sexta manifestação, que teve início na Praça da Sé, no centro da cidade. Um dos grupos de manifestantes foi em direção à sede da Prefeitura Municipal, e protagonizou atos de violência e depredação. No total, 29 lojas e 189 lixeiras foram destruídas. Até a fachada do Theatro Municipal foi pichada.
Diante da pressão popular e das circunstâncias, Alckmin e Haddad revogaram o aumento.