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quinta-feira, 31/07/2025

Tarifa alta não deve atrapalhar investimentos dos EUA no Brasil

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Em Brasília

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que a tarifa de 50% imposta pelo governo de Donald Trump sobre produtos brasileiros não deve prejudicar os investimentos diretos das empresas dos Estados Unidos no Brasil.

De acordo com Ceron, as empresas pensam em um horizonte de longo prazo e não se preocupam com situações temporárias. Elas planejam seus investimentos para os próximos 10 a 15 anos, focando em questões estruturais e não conjunturais. Ceron destacou ainda a proximidade histórica entre Brasil e Estados Unidos, que deve se manter.

Dados do portal InvestVis indicam que os Estados Unidos são o principal país investidor no Brasil, com US$ 12,25 bilhões investidos entre janeiro de 2024 e junho de 2025, representando 23,46% do total. Em segundo lugar estão os Países Baixos, com investimentos de US$ 7,92 bilhões (15,17%).

Plano de contingência

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu um plano para apoiar os setores afetados pela tarifa comercial americana. Ceron mencionou que algumas das medidas para ajudar as empresas brasileiras incluirão crédito, conforme já indicado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Ceron ressaltou que o governo dos Estados Unidos isentou a tarifa para os principais produtos exportados pelo Brasil, como aviação civil, minérios, alguns alimentos e produtos energéticos. Por isso, o plano brasileiro não precisará ser redesenhado, apenas ajustado, se necessário.

Ceron avaliou o cenário como relativamente benigno e está aguardando mais detalhes sobre a ordem executiva do presidente Donald Trump para entender completamente os impactos.

Experiência no Rio Grande do Sul

O secretário explicou que a experiência com as enchentes no Rio Grande do Sul no ano passado contribuiu para a criação do plano de contingência atual. O governo está preparado para agir de forma racional e técnica para minimizar os efeitos econômicos das adversidades.

Apesar de usar essa experiência como base, Ceron afirmou que o plano de contingência para a tarifa comercial não pode ser comparado ao pacote de socorro das enchentes, pois são situações diferentes com impactos distintos.

Ceron concluiu dizendo que o governo está atento à situação e tem os instrumentos necessários para garantir que o país continue estável enquanto os efeitos da tarifa forem avaliados.

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