CAROLINE RIBEIRO
LISBOA, PORTUGAL (FOLHAPRESS)
O governador Tarcísio de Freitas foi visto saindo rapidamente após participar de dois painéis no Fórum de Lisboa, apelidado de ‘Gilmarpalooza’, evento que conta com a organização do ministro do STF Gilmar Mendes e reúne figuras políticas importantes do Brasil na capital portuguesa.
Na tarde de sexta-feira (4), durante sua saída, Tarcísio utilizou um corredor lateral para evitar contato direto com a imprensa, enquanto seguranças tentavam controlar a aproximação dos jornalistas. O evento destacou a presença frequente das autoridades respondendo a perguntas, embora o presidente da Câmara, Hugo Motta, tenha confirmado uma entrevista e não comparecido.
Tarcísio manteve a atenção de diferentes convidados ao permanecer cerca de trinta minutos no palco após os painéis, recebendo fotos, cumprimentos e abraços de políticos, advogados e demais participantes, tornando-se o centro das atenções na programação matinal do último dia do fórum.
No primeiro painel, discutiu tópicos internacionais e blocos militares ao lado do almirante da Marinha portuguesa e presidenciável Henrique Gouveia e Melo. Ambos foram destacados como os principais candidatos à presidência de seus países, com aplausos do público promovido pelo ex-ministro da Defesa Raul Jungmann.
O segundo painel teve a participação do procurador-geral da República Paulo Gonet, do diretor da Polícia Federal Andrei Rodrigues e dos ministros do STJ Raul Araújo Filho e Mauro Campbell Marques. Tarcísio ressaltou os avanços no combate ao crime organizado, observando que as forças de segurança têm enfrentado o problema com eficiência e destacando a importância da proteção das fronteiras para dar respaldo às operações contra essas atividades criminosas.
Abordando questões econômicas, afirmou que embora riscos fiscais sejam mencionados frequentemente, considera-os menos críticos, explicando que o Brasil possui estratégias claras para superar desafios. Destacou a importância do aumento do investimento estrangeiro, a diminuição da inflação e da taxa de juros para fortalecer a economia e reduzir vulnerabilidades regionais, especialmente em relação ao combate ao crime organizado na América do Sul.
Concordando com Gonet sobre a influência do Primeiro Comando da Capital (PCC) sobre decisões de investimentos, o governador enfatizou que uma grande parte dos homicídios no país está vinculada ao tráfico de drogas e à luta pelo controle de pontos de venda. Alertou que a presença do tráfico em áreas mais pobres afasta a ação do Estado daquelas comunidades que mais necessitam de apoio e segurança.