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quarta-feira, 01/10/2025




Tagliaferro conta que tem vida tranquila na Itália após susto

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Após ser conduzido a uma delegacia pela polícia italiana na quarta-feira (1º/10), Eduardo Tagliaferro, antigo assessor do ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou que leva uma vida tranquila na Itália e não pretende deixar o país. Ele foi informado que deverá cumprir medidas cautelares e teve seus passaportes apreendidos, depois que a Justiça italiana acatou parcialmente um pedido do STF do Brasil.

Em entrevista ao youtuber Paulo Figueiredo, Tagliaferro explicou que está “livre” para agir como desejar, mesmo após prestar esclarecimentos e entregar documentos às autoridades italianas. Segundo ele, “não há prisão nem restrição para falar na internet, não houve apreensão do celular, só a retenção dos documentos para que não deixe a Itália e uma limitação de circulação apenas no município. Não estou proibido de me mudar, desde que informe a justiça italiana”.

O ex-assessor foi notificado formalmente referente ao processo de extradição conforme a Petição 12.936 ligada ao Inquérito 4.972 no STF.

Tagliaferro é investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposta violação de sigilo funcional, coação, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de derrubada violenta do Estado Democrático de Direito. Ele teria repassado à imprensa diálogos e documentos sigilosos relacionados ao ministro Moraes, publicados pela Folha de S.Paulo. Questionado se sentiu temor de prisão, Tagliaferro respondeu que ficou apreensivo momentaneamente, mas compreendeu que se tratava apenas de procedimentos legais na Itália.

Ele afirmou que pretende mudar-se para outro município no norte da Itália até o final do mês e que já possui um apartamento em andamento para essa transição. Segundo ele, “a vida lá será melhor do que a atual, apesar de não faltar comida ou cama aqui”.

O ex-assessor foi indiciado pela Polícia Federal em abril deste ano. Em agosto, Moraes solicitou ao Ministério da Justiça a extradição e as contas bancárias de Tagliaferro foram bloqueadas judicialmente. Por sua parte, o ex-assessor acusa o ministro de manipular relatórios em uma operação contra empresários em 2022 quando trabalhava na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre agosto de 2022 e julho de 2023.

No início de setembro, Tagliaferro participou remotamente de uma sessão da Comissão de Segurança Pública do Senado, onde voltou a levantar dúvidas contra Moraes e questionou também a atuação do procurador-geral da República, Paulo Gonet.




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