Brasília, 14 – O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, encontrou-se nesta quinta-feira, 14, com o chefe global de assuntos corporativos do Swift, Hayden Allan, na sede do ministério.
O Swift, que tem sede na Bélgica e segue as leis da União Europeia, não está sujeito às decisões dos Estados Unidos. Trata-se de um sistema global que conecta 11.500 instituições financeiras e opera em mais de 200 países.
Segundo Durigan, o encontro foi produtivo. Hayden Allan explicou que o Swift funciona segundo as normas europeias e não está vulnerável a sanções específicas de alguns países.
Em julho, o governo dos EUA aplicou sanções financeiras, previstas na Lei Magnitsky, contra autoridades brasileiras, como o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
O sistema Swift trabalha com várias moedas e tem aumentado a participação de países emergentes em seu conselho administrativo, informou Hayden Allan.
Dario Durigan ressaltou a soberania do Brasil, destacando que é um país democrático que respeita outros países e espera o mesmo em troca. Ele também afirmou que o Brasil é um dos maiores usuários do sistema Swift no mundo.
De acordo com informações do Estadão/Broadcast, o governo brasileiro vem acompanhando a possibilidade de ser excluído do Swift pelos EUA, o que a União Europeia já fez com bancos russos em 2022 devido à guerra na Ucrânia.
Uma fonte da equipe econômica avaliou que o atual cenário político e econômico não justifica essa exclusão, mas alertou que, devido a recentes tensões comerciais, nenhuma medida pode ser descartada.
Estadão Conteúdo