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segunda-feira, 13/10/2025

SUS vai oferecer vacina contra vírus que provoca bronquiolite

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SÃO PAULO, SP – O Ministério da Saúde informou que, a partir de novembro deste ano, o SUS começará a aplicar a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), que é a principal causa de bronquiolite e pneumonia em bebês. A vacina será aplicada nas gestantes para proteger os recém-nascidos nos primeiros meses de vida.

Como será a vacinação no Brasil

Serão vacinadas as gestantes entre a 32ª e a 36ª semana de gravidez. O objetivo é garantir que os anticorpos da mãe sejam passados para o bebê, oferecendo proteção logo nos primeiros meses, quando o risco de infecção é maior. Esta vacina tem o potencial de evitar cerca de 28 mil internações por ano, beneficiando aproximadamente 2 milhões de bebês.

As primeiras doses estarão disponíveis a partir de novembro, e a vacina será incluída no calendário do SUS para gestantes. A previsão é que a vacinação tenha início na segunda quinzena do mês. A vacina é resultado de uma parceria entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Pfizer, com produção local prevista para começar em 2026.

A vacina possui cerca de 82% de eficácia para prevenir hospitalizações por VSR em bebês menores de seis meses. A expectativa é diminuir significativamente as internações e mortes causadas por este vírus, tendo prioridade para a vacinação em cidades com maior número de nascimentos e casos graves de bronquiolite.

O que é o vírus sincicial respiratório

O vírus sincicial respiratório é a principal causa de bronquiolite em crianças pequenas. Ele é responsável por até 75% dos casos da doença em crianças abaixo de dois anos e por cerca de 40% das pneumonias infantis, conforme dados do Ministério da Saúde.

Esse vírus se transmite rapidamente e de forma silenciosa, espalhando-se por gotículas expelidas ao tossir ou espirrar, e pelo contato com superfícies contaminadas. O vírus entra no organismo pelas mucosas dos olhos, nariz e boca.

Os sintomas variam desde um resfriado comum até insuficiência respiratória. Podem incluir coriza, tosse, dificuldade para respirar e chiado no peito. Bebês com menos de seis meses têm maior risco de desenvolver complicações respiratórias graves.

Bebês prematuros e aqueles com problemas de saúde, como doenças pulmonares crônicas ou cardíacas, têm maior chance de precisar ser hospitalizados.

Em 2023, foram registrados 247 mil casos de síndrome respiratória aguda grave no Brasil, com 26% relacionados ao VSR. Entre bebês de até um ano, ocorreram 60 mil casos e 889 mortes, segundo o Ministério da Saúde.

Antes da vacina, a prevenção do vírus se baseava em cuidados simples, como lavar as mãos com frequência, evitar o contato de bebês com pessoas doentes, limpar superfícies e ter cuidado redobrado em locais públicos como creches e hospitais.

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