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segunda-feira, 22/09/2025

SUS faz 60% dos exames de imagem no Brasil, mostra estudo

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Em Brasília

O Sistema Único de Saúde (SUS) realizou seis de cada dez exames de imagem no Brasil em 2023, totalizando mais de 101 milhões de procedimentos. Contudo, o acesso por 1 mil usuários é maior entre quem tem plano de saúde, apesar de melhorias entre 2014 e 2023.

Em 2023, para cada 1 mil usuários do SUS foram feitos cerca de 634 exames, enquanto no setor privado foram aproximadamente 1.323 exames por 1 mil beneficiários dos planos.

Esses dados vêm do Atlas da Radiologia no Brasil 2025, elaborado pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, com base em informações do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Os exames considerados incluem raio-x, mamografia, ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética.

O estudo considerou 160,4 milhões de brasileiros atendidos pelo SUS e 51,2 milhões com plano em 2023. Foi calculada a densidade de exames por usuário e criado um Indicador de Desigualdade Público/Privado (IDPP).

Melhora na desigualdade

De 2014 a 2023, a densidade de exames no SUS aumentou e o IDPP diminuiu para raio-x, ultrassom, tomografia e ressonância. Para mamografias, a desigualdade caiu após 2020, mas ainda é maior que em 2014.

Usuários de planos fizeram 3,54 vezes mais mamografias que usuários do SUS, exame importante para detectar câncer de mama. O Ministério da Saúde recomenda o exame a cada dois anos para mulheres de 50 a 69 anos, enquanto a ANS garante desde os 40 anos para beneficiárias dos planos.

A menor desigualdade foi em raio-x, com IDPP 1,36, e a maior em ressonância magnética, com exames 13,13 vezes mais realizados em planos do que no SUS. A densidade de ressonâncias no SUS dobrou de 2014 a 2023, reduzindo o IDPP em 30%.

Disponibilidade dos aparelhos

O Atlas mostra diferenças regionais e por complexidade na disponibilidade de aparelhos para exames. No país, há quase 27 aparelhos de ultrassom e 16 de raio-x por 100 mil habitantes, mas menos tomógrafos, mamógrafos e equipamentos de ressonância.

A Região Sudeste tem a maior quantidade absoluta de aparelhos, mas o Centro-Oeste tem maior densidade em quatro tipos, exceto raio-x. O Nordeste tem menor acesso a tomógrafos e só 1,1 aparelho de ressonância por 100 mil habitantes.

A Região Norte possui menos ultrassons, mamógrafos e raio-x. No Acre, há menos de 1 mamógrafo e 0,6 aparelho de ressonância por 100 mil usuários no SUS, enquanto na rede privada a densidade é bem maior.

O estudo também apontou que a oferta de aparelhos é 3,74 vezes maior no setor privado para ultrassons, e a menor desigualdade é para raio-x com índice 2,34. As informações são da Agência Brasil.

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