Quando criança, Djalma Araújo, 72 anos, lembra que a família precisava economizar para cada consulta médica. “Tínhamos que escolher: comprar comida ou levar meu pai ao médico”, recorda. Hoje, ela agradece pelos 35 anos do SUS. “Faço meus exames e consultas no hospital público sem custo. É um direito que mudou a vida da minha família”, conta.
Tânia Moraes, de 56 anos, sempre teve plano de saúde, mas ao quebrar o ombro em um acidente, não estava pagando as mensalidades. Foi levada ao Hospital de Base do Distrito Federal, onde recebeu atendimento, internação e cirurgia com prótese. “Eu tinha preconceito com o SUS, achava que não funcionava. Mas o cuidado da equipe foi excelente”, elogia.
Em 19 de setembro, o Sistema Único de Saúde (SUS) completou 35 anos, garantindo acesso gratuito e universal a cuidados que vão desde a Unidade Básica até procedimentos complexos. Desde 2019, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) administra várias unidades no DF, mantendo o atendimento 100% pelo SUS. “Nenhum hospital ou UPA do IgesDF cobra por consultas, exames, medicamentos ou procedimentos”, destaca o presidente do instituto, Cleber Monteiro.
O IgesDF ainda implementou o programa Humanizar, idealizado pela primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha, que coloca o paciente como foco do cuidado. O programa garante acolhimento em todas as unidades, escuta qualificada e suporte a usuários e acompanhantes para tornar o atendimento mais respeitoso.
SUS e humanização
O Programa Humanizar do IgesDF se alia à nova Lei nº 15.126, de abril de 2025, que atualizou a legislação do SUS para incluir a atenção humanizada como obrigação legal, além da universalidade, integralidade e equidade. Isso exige respeito, acolhimento e comunicação clara em todas as fases do atendimento.
Antes tratado em diretrizes do Ministério da Saúde, a humanização é agora requisito legal que envolve gestores, profissionais e serviços de saúde em todo o país.
No IgesDF, a humanização é feita com contratação dedicada exclusivamente a esse serviço, com colaboradores que acolhem e personalizam o atendimento dos pacientes e seus familiares, explica a gerente do programa, Anucha Soares.
Cleber Monteiro conclui: “A humanização é o eixo central do cuidado no IgesDF. Estamos à frente das mudanças na lei e somos referência nessa prática”.
*Informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)