A Suprema Corte da Polônia confirmou, na terça-feira (1º), a legitimidade dos resultados das eleições presidenciais realizadas em junho, mesmo diante de várias contestações.
De acordo com a Comissão Eleitoral, Karol Nawrocki, historiador vinculado ao partido nacionalista Lei e Justiça (PiS), recebeu 50,89% dos votos no segundo turno ocorrido em 1º de junho. Seu adversário, o prefeito de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, apoiado por uma coalizão pró-europeia, ficou com aproximadamente 369 mil votos a menos neste país de cerca de 38 milhões de habitantes.
Após uma sessão, o juiz Krzysztof Wiak declarou que o tribunal ratificou a validade da eleição de Karol Tadeusz Nawrocki para o cargo de presidente da Polônia.
O tribunal rejeitou os questionamentos relacionados à condução da eleição e também desconsiderou as dúvidas levantadas sobre a legitimidade da comissão judicial responsável pelo julgamento.
O ministro da Justiça e procurador-geral, Adam Bodnar, solicitou a substituição de todos os magistrados dessa comissão, criada pelo governo nacionalista anterior, alegando falta de legitimidade — argumento não acatado pela corte. Essa comissão também enfrenta críticas do Judiciário europeu, de políticos, juízes e especialistas.
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