23.5 C
Brasília
segunda-feira, 24/11/2025




STF faz sessão extra para analisar prisão preventiva de Bolsonaro

Brasília
nuvens quebradas
23.5 ° C
25.6 °
23.5 °
78 %
1.5kmh
75 %
seg
25 °
ter
28 °
qua
28 °
qui
29 °
sex
25 °

Em Brasília

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) está realizando uma sessão extra nesta segunda-feira (24) para confirmar a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou a prisão preventiva de Jair Bolsonaro.

Bolsonaro foi detido pela Polícia Federal na manhã de sábado (22) e levado para a sede regional da corporação em Brasília.

Os ministros da turma irão votar sobre a medida durante o dia, entre 8h e 20h, no plenário virtual, onde as decisões são tomadas sem debates presenciais.

Além de Alexandre de Moraes, participam da Primeira Turma os ministros Flávio Dino (presidente), Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. O ministro Luiz Fux deixou recentemente o colegiado.

Ao decretar a prisão, Moraes mencionou a violação da tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente na madrugada daquele dia, o risco de fuga para os Estados Unidos e uma vigília organizada na frente do condomínio onde Bolsonaro mora, convocada pelo senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do ex-presidente.

Naquela madrugada, Bolsonaro tentou remover a tornozeleira usando um ferro de solda, conforme admitiu a agentes penitenciários.

Em conversa com uma servidora da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal que verificou o dispositivo, o ex-presidente disse: “Usei ferro quente, ferro quente aí… curiosidade”. O ferro de solda é uma ferramenta que atinge altas temperaturas e serve para derreter metais.

A equipe médica que acompanha Bolsonaro esteve na Superintendência da Polícia Federal no domingo (23) e descreveu o episódio da tornozeleira eletrônica como um quadro de “confusão mental e alucinações”, atribuindo a situação à interação de medicamentos.

Durante audiência de custódia, o ex-presidente explicou que tentou abrir o dispositivo por estar passando por uma “certa paranoia” causada pelo uso de remédios, mas depois “caiu na razão”.

Após audiência que durou cerca de 30 minutos, a juíza auxiliar Luciana Sorrentino, lotada no gabinete do ministro Moraes, confirmou e manteve a prisão preventiva de Bolsonaro.

A defesa então solicitou a revogação da prisão preventiva, argumentando que não há risco de fuga.

Os advogados afirmaram que, com base em informações da equipe responsável pelas tornozeleiras eletrônicas e da equipe médica que acompanha o ex-presidente, é claro que não houve tentativa de fuga ou de evitar a justiça.

Além disso, a defesa pediu que o ministro Moraes avaliasse um pedido de prisão domiciliar humanitária para a fase de execução penal da investigação sobre a trama golpista, que será analisada após esgotados os recursos.

Moraes não analisou esse pedido durante a decisão da prisão preventiva, considerando-o prejudicado. Esse tema não será discutido na sessão de hoje da Primeira Turma.




Veja Também