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quarta-feira, 13/08/2025

STF faz confronto entre Cid e Marcelo Câmara por divergências

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Em Brasília

O Supremo Tribunal Federal (STF) promove, na quarta-feira (13/8), um confronto entre o coronel do Exército, Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e o ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid.

A iniciativa foi aprovada pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pela ação penal que investiga alegada conspiração para impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022. O encontro será realizado na sala de audiências do STF às 11h30.

Essa reunião presencial ocorreu após solicitação da defesa de Marcelo Câmara, que identificou pelo menos três pontos incongruentes nos depoimentos de Mauro Cid à Polícia Federal (PF), envolvendo:

  • As minutas debatidas no Palácio da Alvorada;
  • O suposto monitoramento do ministro Moraes;
  • Relatos confusos sobre esse acompanhamento.

Como Marcelo Câmara está detido no Batalhão do Exército, em Brasília, Alexandre de Moraes permitiu seu deslocamento até o STF, com o uso de tornozeleira eletrônica, ressaltando que ele somente poderá conversar com seus advogados.

Em decisão, Moraes declarou que o detento deverá estar presente pessoalmente, equipado com monitoramento eletrônico, durante o deslocamento e acareação, mantendo a proibição de comunicação com qualquer pessoa que não seja seu advogado.

Razões da Detenção de Marcelo Câmara

Marcelo Câmara foi preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes durante a investigação da suposta trama golpista, sendo liberado em maio de 2024. Ele integra o chamado núcleo 2 dos investigados.

Câmara é acusado de vigiar autoridades, inclusive o ministro Moraes, para fornecer informações à suposta organização criminosa. Em seu depoimento, o militar negou o monitoramento e afirmou que utilizou apenas dados públicos, como agendas oficiais.

Após sua soltura em maio do ano passado, Moraes impôs restrições a Marcelo Câmara, incluindo a proibição de uso de redes sociais, mesmo por terceiros. Contudo, o advogado do militar entrou em contato com o tenente-coronel Mauro Cid por meio de uma rede social, o que foi visto pelo ministro como violação dessa medida.

De acordo com a decisão, a defesa de Câmara tentou conseguir detalhes sobre a colaboração feita por Cid. Em 18 de junho deste ano, Marcelo Câmara foi novamente preso.

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