23.5 C
Brasília
quinta-feira, 26/06/2025




STF determina prazo de 15 dias para o senador Magno Malta responder acusações de Carlos Lupi

Brasília
céu limpo
23.5 ° C
23.9 °
23.5 °
53 %
5.7kmh
0 %
qui
25 °
sex
28 °
sáb
27 °
dom
29 °
seg
29 °

Em Brasília

Ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu um prazo de 15 dias para que o senador Magno Malta (PL-ES) apresente sua defesa em relação a uma queixa-crime registrada contra ele por Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência e atual presidente do PDT.

Na acusação, Magno Malta teria feito afirmações falsas atribuindo a Carlos Lupi envolvimento em um esquema ilícito de descontos irregulares em benefícios do INSS destinados a aposentados e pensionistas.

As acusações incluem práticas de corrupção, fraude e desvio de recursos públicos, além do uso de termos ofensivos como “rato de esgoto”, “ladrão”, “gente sem sentimento” e “tarado por dinheiro” dirigidos a Lupi.

Essas declarações ocorreram durante um debate no Senado, em 8 de maio, que tratava da criação de uma CPMI destinada a investigar os descontos indevidos nas aposentadorias. Na ocasião, Magno Malta imputou a Carlos Lupi conhecimento e participação no suposto esquema.

A queixa-crime destaca ainda que Magno Malta afirmou que Carlos Lupi tinha ciência prévia do esquema ao dizer que “ele sabia já do câncer”, reforçando, segundo a acusação, a falsidade das imputações.

Portanto, Carlos Lupi solicitou no STF que Magno Malta seja investigado e julgado pelos crimes de calúnia, difamação e injúria. Conforme o despacho do ministro Luiz Fux, o senador tem até 15 dias para apresentar sua resposta.

A equipe de imprensa de Magno Malta informou que ele ainda não foi oficialmente notificado sobre a intimação.

Investigação das fraudes no INSS

Em abril, a Polícia Federal lançou a Operação Sem Desconto para apurar deduções indevidas relacionadas ao INSS. O total estimado em cobranças irregulares alcança R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Considerando o período desde 2016, esse valor se aproxima de R$ 8 bilhões.

Relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU), da Controladoria-Geral da União (CGU), do Ministério Público, do Conselho Nacional de Previdência Social e de auditores do INSS já alertavam para o aumento dessas fraudes antes da operação da PF.

Em 17 de junho, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente do Congresso, autorizou a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os descontos irregulares no INSS, que contará com 30 membros e terá duração inicial de 180 dias, podendo ser prorrogada. Os custos do colegiado estão estimados em R$ 200 mil.




Veja Também