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quarta-feira, 01/10/2025




SP prevê tornozeleiras eletrônicas para vigiar agressores de mulheres

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O objetivo é que as vítimas fiquem com uma unidade portátil do dispositivo, capaz de rastrear a aproximação do agressor por meio de um sistema de geolocalização

O dispositivo em posse das vítimas emite um alarme ao detectar que o agressor violou a área delimitada pela decisão judicial (Getty Images/Getty Images)

O governo estadual de São Paulo publicou nesta terça-feira, 27, um edital para contratar 1 mil tornozeleiras eletrônicas a serem usadas por agressores de mulheres que cumprem medidas protetivas concedidas pela Justiça.

O objetivo é que as vítimas fiquem com uma unidade portátil do dispositivo, capaz de rastrear a aproximação do agressor por meio de um sistema de geolocalização.

O dispositivo em posse das vítimas emite um alarme ao detectar que o agressor violou a área delimitada pela decisão judicial. Simultaneamente, o aparelho envia também um aviso à Polícia Militar e notifica se o agressor tentar remover o equipamento sem autorização.

Em caso de violação, uma das penas previstas é a prisão preventiva do agressor. Para Fernando José da Costa, secretário da Justiça e Cidadania, a medida permitirá que as mulheres “vivam sem a ameaça do retorno dos seus algozes”.

“É algo novo e inédito em São Paulo e tenho certeza que será um grande passo no combate ao feminicídio”, afirmou o secretário da Segurança Pública, general João Camilo Pires de Campos. Ainda nesta segunda-feira, 26, o Estadão mostrou que houve aumento dos estupros registrados em agosto, com 1.180 notificações no Estado — o pior resultado para o mês na última década.

Apesar de a Lei Maria da Penha garantir que mulheres vítimas de violência não possam ser contatadas presencial ou virtualmente pelos agressores, essa proteção costuma ter baixa efetividade sem o monitoramento e acompanhamento dos casos. Ainda no último dia 12, uma mulher e o filho foram mortos pelo ex-marido na zona leste da capital enquanto ela o levava à escola.

Denúncias de violência doméstica ou agressão contra mulheres podem ser feitas gratuitamente por meio do número 180 ou em uma Delegacia da Mulher, virtual ou presencial.




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