Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara dos Deputados, apresentou sua declaração de Imposto de Renda, cópias da escritura de um imóvel e fotografias para esclarecer a origem de R$ 470 mil em espécie encontrados em seu apartamento alugado.
A divulgação ocorreu cinco dias após ele ser alvo da Operação Galho Fraco da Polícia Federal, que também investiga o deputado Carlos Jordy. O valor foi apreendido em um hotel em Brasília, sob responsabilidade de Sóstenes.
Sóstenes explicou em vídeo no X que o dinheiro é resultado da venda lícita de uma casa adquirida em 2023, situada em Ituiutaba, Triângulo Mineiro, registrada em seu nome e CPF, comprovada nos documentos apresentados.
A investigação da Polícia Federal, autorizada pelo ministro do STF, Flávio Dino, apura um possível desvio de recursos públicos da cota parlamentar por meio de servidores comissionados, com repasses para empresas como Harue Locação de Veículos Ltda. ME e Amazon Serviços e Construções Ltda. Os deputados tiveram seus celulares apreendidos durante a operação.
Sóstenes mostrou fotos, documentos da escritura e a declaração de imposto de renda para confirmar a negociação imobiliária. Ele afirmou que o imóvel estava inicialmente avaliado em R$ 690 mil, mas aceitou vendê-lo por R$ 500 mil em dinheiro, em função da desvalorização.
Ele reafirmou a legitimidade do valor, declarando que o dinheiro é lícito e está devidamente declarado. Confia que a Polícia Federal e o ministro Flávio Dino concluirão que o dinheiro tem origem transparente e será devolvido.
Por fim, Sóstenes destacou sua inocência, alegando perseguição política de adversários e criticou publicamente o filho do presidente Lula, conhecido como Lulinha, sugerindo falta de transparência em sua conduta perante a Justiça.

