O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), fez duras críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, durante uma vigília na noite da última quinta-feira (11/9). O evento ocorreu em frente ao condomínio Solar de Brasília, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpre prisão domiciliar. Segundo o parlamentar, forças malignas teriam dominado o coração do magistrado, influenciando suas decisões contra Bolsonaro.
“Falando como evangélico e pastor que sou, afirmo que o ministro da Suprema Corte está endemoniado. Alexandre de Moraes está dominado por potências das trevas, seu coração está cheio de ódio para perseguir um presidente que hoje foi condenado pelo STF”, declarou Sóstenes.
O protesto aconteceu pouco depois de Bolsonaro ter sido sentenciado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão, em regime inicial fechado, pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Vigília em Brasília
O ato contou com a presença de dezenas de apoiadores vestidos nas cores verde e amarelo, muitos enrolados com as bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos. Um carro de som animava o local, com cânticos cristãos, hinos nacionais e orações.
Além de Sóstenes, líderes religiosos e políticos próximos ao ex-presidente estiveram presentes. O deputado defende uma anistia ampla e sem restrições para todos os envolvidos na trama golpista.
Com essa condenação inédita, Bolsonaro se tornou o primeiro ex-presidente do Brasil a ser punido por crimes contra a democracia.
Anistia
O líder do PL rejeita a ideia de uma anistia parcial que deixasse Jair Bolsonaro inelegível, mas fosse suave quanto ao cumprimento da pena. Ele defende uma anistia ampla e irrestrita, que beneficiaria todos os envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro, desde os supostos executores até os mentores intelectuais, incluindo o ex-presidente, sem diferenças de crimes ou responsabilidades.
Atualmente, não há previsão de votação ou relator para o projeto de anistia. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou que, se a proposta for discutida, terá texto de sua autoria, mas sem abranger Bolsonaro.